Deus mandou seu filho
Jesus, ao mundo, para redimir a humanidade e para que todos pudessem ter vida
plena. No projeto de vida de Jesus, Ele nos chama a viver na fraternidade, amando
e respeitando uns aos outros. Mas o ser humano vive uma cultura doentia e
egoísta de querer ter sempre mais que o outro. E para isso, muitas vezes, atropela
qualquer projeto de igualdade e passa a viver a injustiça, o preconceito e a
discriminação. Para tentar amenizar essa realidade, a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) nos apresenta a Campanha da Fraternidade.
Desde 1964, com o tema "Igreja em Renovação",
em que os católicos foram convidados a refletir que a Igreja é formada pelo
povo, todos os anos, a CNBB nos propõe um tema para reflexões e ações em busca
de uma sociedade mais humana onde todos possam viver com dignidade.
A Campanha da Fraternidade tem seu início oficial na Quarta-feira
de Cinzas, nas Igrejas de todo o Brasil. A campanha tem seu tempo forte durante
a quaresma, quando somos chamados a ir
ao encontro do irmão, a buscar a conversão e a praticar o jejum, a oração e a caridade.
Mas deve ser trabalhada durante todo o ano ou toda a vida.
Em 2014, a Igreja nos leva a refletir sobre o tema "Fraternidade e o Tráfico Humano";
e o lema, "É para a liberdade que
Cristo nos libertou" – inspirado no quinto capítulo da carta de São
Paulo aos Gálatas.
O tráfico e a escravidão humana, que sempre existiu na
história da humanidade e que se
apresenta hoje de forma mais intensa e cruel, é um crime bárbaro que fere a
dignidade humana e rouba o direito a uma vida honrada e livre. É um crime que
ofende a Deus e destrói o sonho de muitas pessoas. São organizações poderosas
que montam redes absurdas para usar o semelhante, colocando-o em situações
degradantes e sem saída.
Nesse tema, serão abordadas várias situações em que a
pessoa é enganada e forçada a viver sem liberdade, como a exploração do
trabalho, a exploração sexual, a exploração de órgãos - coleta e venda de
órgãos e de fetos – o tráfico de crianças e adolescentes, além de outras circunstâncias
em que não são respeitados os direitos do ser humano.
Mais que nos solidarizar com as pessoas que estão nessa
situação, é dever nosso, como cristãos, apoiar os que passaram por isso e vivem
marginalizados; ter compaixão das famílias que sofrem com essa realidade;
conscientizar as pessoas do perigo que há em se envolver em situações de
dinheiro fácil; acompanhar nossos filhos; propagar o reino de Deus e a sua
justiça.
Se foi para a liberdade que Cristo nos libertou, essa
liberdade é extensiva a todos, sem exceção. Ninguém tem o direito de desprezar
o outro ou privá-lo do direito à vida plena. Temos, sim, o dever de conhecer melhor
a verdade de Cristo, que nos liberta, e, como filhos e filhas de Deus, viver essa
verdade e proporcionar ao nosso semelhante condições para que também a viva.
Neste ano de 2014, e sempre, estejamos envolvidos nessa
corrente do bem. Lutemos por um mundo mais humano em que prevaleça a igualdade
e a fraternidade. Peçamos ao Deus da paz, que nos liberte da ganância, do
egoísmo e faça-nos solidários e humanos. Que possamos, todos juntos, viver na
liberdade e na paz.
Luisa Garbazza
Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Março de 2014
Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Março de 2014
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