sábado, 29 de março de 2014

Direito à liberdade



Deus mandou seu filho Jesus, ao mundo, para redimir a humanidade e para que todos pudessem ter vida plena. No projeto de vida de Jesus, Ele nos chama a viver na fraternidade, amando e respeitando uns aos outros. Mas o ser humano vive uma cultura doentia e egoísta de querer ter sempre mais que o outro. E para isso, muitas vezes, atropela qualquer projeto de igualdade e passa a viver a injustiça, o preconceito e a discriminação. Para tentar amenizar essa realidade, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos apresenta a Campanha da Fraternidade.
            Desde 1964, com o tema "Igreja em Renovação", em que os católicos foram convidados a refletir que a Igreja é formada pelo povo, todos os anos, a CNBB nos propõe um tema para reflexões e ações em busca de uma sociedade mais humana onde todos possam viver com dignidade.
            A Campanha da Fraternidade tem seu início oficial na Quarta-feira de Cinzas, nas Igrejas de todo o Brasil. A campanha tem seu tempo forte durante a quaresma, quando somos chamados  a ir ao encontro do irmão, a buscar a conversão e a praticar o jejum, a oração e a caridade. Mas deve ser trabalhada durante todo o ano ou toda a vida.
            Em 2014, a Igreja nos leva a refletir sobre o tema "Fraternidade e o Tráfico Humano"; e o lema, "É para a liberdade que Cristo nos libertou" – inspirado no quinto capítulo da carta de São Paulo aos Gálatas.
            O tráfico e a escravidão humana, que sempre existiu na história da humanidade e que  se apresenta hoje de forma mais intensa e cruel, é um crime bárbaro que fere a dignidade humana e rouba o direito a uma vida honrada e livre. É um crime que ofende a Deus e destrói o sonho de muitas pessoas. São organizações poderosas que montam redes absurdas para usar o semelhante, colocando-o em situações degradantes e sem saída.
            Nesse tema, serão abordadas várias situações em que a pessoa é enganada e forçada a viver sem liberdade, como a exploração do trabalho, a exploração sexual, a exploração de órgãos - coleta e venda de órgãos e de fetos – o tráfico de crianças e adolescentes, além de outras circunstâncias em que não são respeitados os direitos do ser humano.
            Mais que nos solidarizar com as pessoas que estão nessa situação, é dever nosso, como cristãos, apoiar os que passaram por isso e vivem marginalizados; ter compaixão das famílias que sofrem com essa realidade; conscientizar as pessoas do perigo que há em se envolver em situações de dinheiro fácil; acompanhar nossos filhos; propagar o reino de Deus e a sua justiça.
            Se foi para a liberdade que Cristo nos libertou, essa liberdade é extensiva a todos, sem exceção. Ninguém tem o direito de desprezar o outro ou privá-lo do direito à vida plena. Temos, sim, o dever de conhecer melhor a verdade de Cristo, que nos liberta, e, como filhos e filhas de Deus, viver essa verdade e proporcionar ao nosso semelhante condições para que também a viva.
            Neste ano de 2014, e sempre, estejamos envolvidos nessa corrente do bem. Lutemos por um mundo mais humano em que prevaleça a igualdade e a fraternidade. Peçamos ao Deus da paz, que nos liberte da ganância, do egoísmo e faça-nos solidários e humanos. Que possamos, todos juntos, viver na liberdade e na paz.  
Luisa Garbazza

Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Março de 2014

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