“Venha
trabalhar na minha vinha.”
Esse
foi o convite que Jesus fez aos discípulos quando viveu aqui na terra e
continuou fazendo aos seus seguidores ao longo de todos os séculos. É esse
mesmo convite que Ele nos faz hoje.
Em
sua generosidade, Jesus nos deixa livres para escolher, segundo os dons que
recebemos, aquilo que melhor podemos fazer para a manutenção e a expansão do
seu reino de amor. Seja qual for o ofício escolhido o essencial é saber usar
bem os talentos recebidos para produzirmos cada vez mais frutos.
Nós,
cristãos autênticos, devemos fundamentar nossa vida no serviço ao irmão.
Recebemos tanto de Deus, gratuitamente, e é na gratuidade que nos doamos para
ajudar a construir o projeto do Pai. Durante todo o mês de agosto, o mês das
vocações, a igreja nos apresenta várias opções de serviço e nos propõe uma
reflexão que nos ajude a entender a importância de nossa participação para o
bom desenvolvimento da “vinha” do Senhor.
No
primeiro domingo de agosto, dia consagrado aos sacerdotes, o chamado é para as vocações sacerdotais. Rapazes que se
entregam de uma maneira incondicional, seguindo os passos de Jesus, com o
objetivo de pregar a unidade entre os cristãos, promover a conversão sincera e
levar Cristo Eucarístico a todos os irmãos. Estão todos sob a proteção de São
João Maria Vianey, o padroeiro do clero.
No
segundo domingo, aproveitando o dia dos pais, celebramos a vocação para
constituir família. Casais que se
unem por amor e se comprometem a continuar a obra criadora de Deus. São
chamados a gerar vida e a educar para Deus os filhos que Ele lhes conceder.
Neste dia, inicia-se a Semana Nacional da Família, valorizada também por ser a
grande formadora da sociedade. Relembrando o papa João Paulo II – “O futuro da
humanidade passa pela família”.
A vocação consagrada é celebrada no
terceiro domingo. Todos são chamados a trabalhar pela messe do Senhor, mas
alguns são atraídos de uma forma diferente. Aceitam, abrem mão de tudo e sob a
luz do Espírito Santo seguem o caminho traçado por Deus buscando a perfeição da
caridade. Homens ou mulheres, leigos ou clérigos, eles prestam ajuda corporal e
espiritual a tantos irmãos necessitados. É o exemplo das irmãs de caridade,
franciscanos, carmelitas, frades, freiras e outros.
Os que
estão à disposição para ajudar na liturgia, nas celebrações, nas comunidades, nas
pastorais, no dia a dia da igreja, fazem parte do ministério leigo que a igreja celebra no quarto domingo. Também são
chamados a viver como ramos, unidos à videira que é Cristo, para produzir bons
frutos. Para isso têm que seguir os ensinamentos sagrados, buscando a santidade
e a perfeição, dando exemplo de aceitação e pertença a Deus.
O
quinto domingo é especialmente dedicado àqueles que são convidados e enviados
para educar e formar na fé: os catequistas.
A igreja reconhece a importância de quem tem a missão de anunciar a pessoa de
Jesus e seus mandamentos; de ajudar as pessoas a perceber o chamado de Deus e
encontrar a melhor maneira de ser um colaborador em sua obra; de plantar a
semente da fé no coração de cada catequizando. São indispensáveis no projeto de
evangelização.
Assim
percebemos que há um lugar esperando por nós. A cada um, Deus concedeu um dom
diferente. “Ora, há diversidade de dons,
mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o
mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em
todos" (I Cor 12,4-6).” É de acordo com os dons que recebemos que ele
nos chama. Cabe a nós reconhecer o chamado do Senhor, responder sim e cuidar
bem da vinha semeando a palavra de Deus, o amor, a fraternidade, a fé, a
esperança e a caridade. Sendo perseverantes até o final, colheremos muitos
frutos, “na base de cem por um”.
Luisa
Garbazza
Texto escrito para o "Informativo Igreja Viva", da Paróquia Nossa Senhora do Rosário.