sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mães especiais




As mães são pessoas especiais. Gerar uma vida, embalar o pequenino ser nos braços e conduzi-lo pelas veredas da vida é bênção divina. Mas tem mãe que é mais especial. Pela seriedade e maneira tão peculiar de conduzir a família, se multiplica em várias. É criança, mulher, mãe, anjo, santa.
Mãe-criança, pela maneira simples de viver cada momento com alegria e criatividade. Tem o dom de viver o lado criança para acompanhar o filho pequeno e ajudá-lo em seu desenvolvimento físico e afetivo. Foi Jesus mesmo quem disse: “Quem não tiver um coração de criança não entrará no reino do céu”.
Mãe-mulher, que se torna forte, vai além do seu tempo e abraça sua missão. Enfrenta a vida, transpõe obstáculos, enfrenta preconceitos. Luta por um ideal, segue a vontade do Pai. Mulher fértil, sempre florescendo onde Deus a coloca. Mulher guerreira, destemida, prática, continuamente em sintonia com a realidade, com as necessidades do dia a dia.
Mãe, completamente mãe. Dedica sua vida, inteiramente, em prol de seus filhos – muitos ou poucos, legítimos ou do coração, pequeninos ou crescidos. Esquece um pouco – ou muito – de si mesma e, por um bom tempo, torna-se simplesmente mãe. E como sabe realizar essa missão com esmero e entrega total! Com sabedoria, consegue conciliar tantas tarefas com o tempo – quase sempre insuficiente – para conduzir a prole, por mais numerosa que seja. Às vezes, o trabalho é árduo, mas não deixa o desânimo impedi-la de seguir os planos de Deus. Labuta 24 horas por dia. Muitos afazeres, problemas de várias naturezas, mas consegue contorná-los com jeito e delicadeza. Orienta um filho, ajuda o outro, acalenta o seguinte; ensina, educa, surpreende. E, depois de um dia cansativo, ainda encontra forças para brincar, contar histórias, conduzir os filhos a um mundo de imaginação e encanto. Mãe maravilhosa, esperançosa, dedicada, exclusivamente mãe.
Mãe, anjo. Pela serenidade com que sempre enfrenta cada momento, cada desafio, cada barreira. Anjo, pela facilidade em abandonar-se nas mãos de Deus fazendo tudo por amor a Ele; pela confiança que diz aos filhos nos momentos de impaciência: “De hora em hora, Deus dá a melhora”. Anjo, pelo sorriso que oferece; pela presença constante e ativa em cada momento da vida dos filhos; pela total abnegação.
Mãe, santa. Santa, sim. Todos os momentos de sua vida são vividos de acordo com a frase de Maria: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Suporta doenças, maus tratos, angústia, solidão... sempre com fé, confiança e entrega total. Faz sua a frase: “Suportou com amor a cruz que lhe puseram aos ombros”. Tudo isso sem perder a fé em Deus; sem esquecer a esperança, o amor sem limite, o sorriso, a doçura. O próprio semblante evidencia a pureza e a suavidade de uma santa.
É impossível encontrar palavras que expressem fielmente a grandiosidade de um coração assim: puro, forte, terno, suave e fiel.
Por tudo isso, merece, a cada instante, o amor mais puro e verdadeiro e a gratidão mais profunda.
Parabéns a você, MÃE!
Luisa Garbazza
Crônica dedicada a todas as mães.
Principalmente a uma – mais que especial: a minha mãe – Maria da Conceição Garbazza, que completou 80 anos no dia 21 de fevereiro de 2013. Uma mãe que viveu – e ainda vive – com alma de criança, de mulher, de mãe, de anjo e de santa.
A ela, meu respeito, meu amor incondicional e minha eterna gratidão.

Publicação original no
 jornal "Paróquia" 
da Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho. 

Maternidade – missão sublime


A mulher – uma das mais perfeitas criações divina – tem saído, cada vez mais, do restrito universo doméstico e ocupado lugares diversos e importantes na esfera social. Apesar disso, a sua missão mais sublime ainda é a maternidade.
                Ser mãe é aceitar com amor a dádiva grandiosa de gerar outro ser. São nove meses – ou um pouco menos – de uma espera mágica que vai mudando a rotina da vida pouco a pouco: aguardar o desenvolvimento do filho que vai ocorrendo lentamente; sentir seus movimentos e auscutar o ritmo acelerado do seu coraçãozinho; aceitar com paciência as mudanças do corpo, que vai se moldando de acordo com as necessidades; esperar com ternura o momento que o filho escolher para nascer.
                Ser mãe é chorar de alegria ao ver o rosto do recém-nascido e constatar que, a partir daquele momento, sua vida nunca mais será a mesma. Segurar nos braços e amamentar aquela pessoinha, sangue do seu sangue, é algo que ficará registrado para sempre nos livros de sua memória. Sela, neste momento, um vínculo de profundo amor, uma ternura intensa e um aperto doído no coração: MEU FILHO!
                Mãe é aquela que sabe se doar sem medidas, numa entrega total, em prol da criação do filho. É maravilhoso acompanhar cada fase. Cada dia uma surpresa. Hoje se percebe um movimento novo, depois um som diferente, amanhã as primeiras sílabas, uma palavra pronunciada, os primeiros passos e a sensação inebriante ao ver o filho, com os bracinhos estendidos, correr em sua direção e brindá-la com um abraço extremamente especial que só um filho é capaz de dar.
                É plenamente mãe aquela que vê o filho crescer orientando-lhe para enfrentar as mudanças e os desafios da vida. São por demais as ocasiões em que a mãe segura o coração para não se deixar levar pela ansiedade: as enfermidades, as quedas, a entrada para a escola, o momento em que o filho começa a sair de casa, as dificuldades encontradas até conseguir amadurecer e encontrar seu caminho. Cada espinho que o filho encontra é cravado igualmente no coração da mãe. Cada alegria sentida explode também no coração materno, que quase não se comporta dentro do peito.  Sentimentos muitas vezes acompanhados pelas lágrimas, de alegria ou de tristeza, que marcam a sublimidade dessa missão que a mulher recebeu do criador.
                É próprio da mãe permanecer a vida toda em sintonia com o filho. Ver o filho – ou os filhos – ir embora deixando para trás a saudade, um coração partido e um desejo imenso de que seja muito feliz. Permanecer também em sintonia com Deus em constante oração pela felicidade daquele a quem deu a vida. É ter a doçura infinita para, mesmo depois de bem velhinha, já sem forças, conseguir se recordar com carinho de cada filho, mesmo que algum a tenha abandonado ou já tenha ido para junto de Deus, e alimentar as lembranças dos momentos passados na companhia deles e que guarda vivamente na memória.
                Ser mãe é, acima de tudo, aceitar o projeto do Pai para sua vida e ajudá-lo nesse árduo oficio de levar a toda e qualquer pessoa esse amor puro e humano que a maternidade lhe ensinou. E, por tudo isso, merece, mais que ninguém, ser amada, sem limites, pelos filhos, pela humanidade e por Deus.
 Luisa Garbazza
25 de abril de 2013