domingo, 28 de janeiro de 2018

Despedida do Padre Rogério

Urgências de ser missionário



Meus queridos irmãos em Cristo, estamos hoje em ação de graças pelo nosso querido Padre Rogério, que ora se despede dessa comunidade paroquial.
A ele queremos dirigir algumas palavras, se é que as palavras possam traduzir algum sentimento nesses instantes da vida. E tantas já foram ditas!...
Padre Rogério, é com carinho e pesar que recebemos a notícia da sua transferência. Sabíamos que ia embora desde o dia em que aqui chegou.
Sabemos que é assim que acontece: são as necessidades e as urgências de ser missionário.
Mas, quando chega o momento, o coração aperta. Nunca estamos preparados. É sempre cedo demais. Em cinco anos de convivência, muitos foram os laços criados, e, por menor que tenha sido a convivência, todos sentiremos sua partida.
Queremos agradecê-lo pelo carinho e dedicação, por seu jeito simples de nos falar das coisas de Deus, por sua sinceridade e alegria. Seu nome já ficou gravado nos livros da história da Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho e também da cidade de Bom Despacho, pois o senhor soube transpor fronteiras e construir pontes.
Sabemos que agora irá escrever outro capítulo de sua história de Missionário Sacramentino de Nossa Senhora, fiel aos princípios do exemplar Padre Júlio Maria. Outras pessoas têm sede do seu saber, da sua alegria, dos seus ensinamentos, afinal a missão do sacerdote é ser fonte que desce, alegra, fertiliza, refresca e corre para outras terras.
Queremos também colocá-lo, mais uma vez, sob a proteção de Maria, Nossa Senhora do Bom Despacho. Que ela o acompanhe por onde for, intercedendo, dando forças na missão, ajudando-o a abraçar o que ela própria nos ensinou: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Receba, Padre Rogério, de coração, neste momento e sempre, a admiração, o carinho e o abraço de todos nós aqui presentes e de todos os bom-despachenses.

Luisa Garbazza

28 de janeiro de 2018
Mensagem lida na Missa das 19h na Igreja Matriz de N. Sra. do Bom Despacho






quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Aniversário


Padre Antônio Otaviano,
uma figura exemplar,
seus setenta e nove anos,
hoje está a completar.

O que podemos dizer:
Celebre com alegria,
pois é bonito viver
sob as bênçãos de Maria.

Receba, querido amigo,
de todos uma oração
e leve, junto consigo,
nosso amor no coração. 

                                     Luisa Garbazza
                                               17/01/2018

Ao Padre Antônio Otaviano, nosso amigo, nosso exemplo de entusiasmo pelas coisas de Deus, pela Liturgia, pelas pessoas e pela vida.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Pela vida e pela paz


Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho
6 de janeiro de 2018
Tal visão assaz agressiva
entristece a alma cristã.
 – É evolução regressiva! –
Reclama a alma cidadã.

Qual mão desnorteada
pratica tal violência?
Uma alma desenfreada
afastada de sua essência.

Que ato tão desprezível!
Que atitude insana!
Algo assim inconcebível,
uma cena um tanto profana!

Qual mensagem haveria
por trás de tal atitude?
Ato de pura selvageria
ou carência de virtude?

Alguém, por trás dessas mãos,
provocou destemperança.
Agrediu os povos cristãos,
que vivem de fé e esperança.

Porém busquemos entender
o que aprendemos de Cristo.
Que os cristãos iriam sofrer
há muito estava previsto.

E num gesto de nobreza,
em que todo ódio se desfaz,
não troquemos asperezas:
lutemos, sim, pela paz.
Luisa Garbazza


5/1/2018

Foto da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho
em 6/1/2018.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Um olhar em 2018


Nos pequenos gestos do dia a dia, vamos construindo nossa história. Assim também com a nossa fé, construída aos poucos pela vida inteira. São pequenos gestos, detalhes que às vezes passam despercebidos, que vão contribuindo para a formação da comunidade cristã, peregrina neste mundo, desejosa de um novo céu e uma nova terra.   
São sinais assim que pude observar na noite do dia oito de dezembro de 2017, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho. Era dia da Imaculada Conceição. A igreja cheia louvava, mais uma vez, a Virgem Mãe de Deus. Terminada a celebração, o Padre Antônio convidou a assembleia para frente, no entorno da imagem de Nossa Senhora. Ali seria feita a oração em louvor à santa e a benção final. Depois formou-se uma fila de fiéis para uma conversa a sós com a Mãe do Céu. Cada um a seu tempo e do seu jeito, todos foram se aproximando... Os gestos, as orações, os olhares das pessoas confirmavam a fé que as movia. A fé em Maria, Mãe de Deus, e em sua Imaculada Conceição. A fé em sua capacidade de interceder por nós ao Pai. A fé na certeza de que ela realmente nos ajuda a atravessar os vales de lágrimas que, inevitavelmente, fazem parte de nossa caminhada.
Quando me aproximei da imagem, contudo, o que me falou ao coração foi o olhar da própria Maria. Por alguns instantes, senti-me presa, como se ela estivesse olhando dentro de minha alma, apesar de estar com os olhos voltados para o alto. Nesse dia, nessa hora, havia algo de diferente naquele olhar, embora eu, em minha pequenez, não tenha conseguido decifrá-lo. Sei apenas que havia vida naquele olhar piedoso e suplicante dirigido aos céus.
Fico imaginando o olhar de Maria, neste início de ano. Com certeza, olha para este mundo, tão diferente do projeto de Deus, e se entristece. E suplica ao Pai celeste que tenha piedade de seu povo. Pede misericórdia para os pobres que têm de se contentar com um trabalho mal remunerado e uma vida restrita, sem direito a lazer, saúde e educação de qualidade. Misericórdia das crianças entregues às ações sem limites de uma globalização sem regras nem censura. Dos jovens que crescem nesse mundo digital, bombardeados pelas redes sociais e pelas drogas que atingem todas as esferas da sociedade. Misericórdia das famílias que enfrentam tantos problemas para edificar uma família cristã, sofrendo as consequências de um estado laico e incrédulo. Misericórdia do nosso Brasil, tão massacrado pela corrupção que leva à revolta e à violência cada vez mais crescente. Do mundo, que, ao invés de procurar o caminho para a paz, mostra-se cada vez mais egoísta e ganancioso, em uma guerra permanente pelo poder e pela riqueza.
Em 2018, vamos unir nosso olhar ao de Maria e suplicar ao Deus da vida que tenha compaixão de nós. Ajude-nos a não desanimar. A acreditar que a fé e a oração podem transformar o mundo. Peçamos que este seja realmente um novo ano. Que as pessoas se olhem com mais amor. Que possamos entender melhor as palavras de São Paulo na primeira carta aos Coríntios – "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine." – e assim fazer a nossa parte para ver o mundo mais humanizado e temente a Deus. Amém.
Luisa Garbazza

Publicação do Jornal "Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho".
Janeiro de 2018



sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Gotas


Olhe a chuva lá fora!
Olhe a água que cai em gotas!
Gotas grandes, pequenas, 
constantes, espaçadas .

Olhe a gota na planta, 
na grade, no portão.
Gotas que molham a terra 
umedecem o ar, a alma, o coração.
Gotas de chuva que trazem saudade, 
nostalgia, emoção.

Olhe a chuva!
Chuva que deixa suas marcas, 
fecunda o chão.
Renova a esperança de fartura na plantação.

Olhe a chuva!
Olhe a chuva e não esqueça a gratidão.
É Deus chovendo na terra
em gotas de oblação.
Que chova também em seu coração.
Luisa Garbazza
Manhã chuvosa - 5 de janeiro de 2018