A notícia veio, inesperada.
Num de repente tão repentino,
rompeu as barreiras do espaço,
bateu direto nos ouvidos.
Correu o corpo, penetrou na mente,
passou pelo rosto, provocou arrepios, tensão, dor.
Causou certo torpor, inibiu as atitudes.
– Faleceu o Pe. Marcelo Adriano.
Encontraram-no sem vida.
Como foi? Ninguém sabe.
A polícia investiga.
...
O que todos sabem é que seu corpo está ali, inerte, sem vida, sem luz.
Que cena triste!
Seus olhos, que por tantas vezes fitaram, tão de perto, Jesus Eucarístico, agora cerraram para sempre.
Sua boca, instrumento de evangelização, que, por tantos anos, proclamaram as maravilhas de Deus, aconselharam, perdoaram os pecados, simplesmente foi silenciada.
Já não ouvem mais nada aqueles ouvidos tão acostumados a escutar o outro, ouvir segredos, desabafos, confissões...
Suas mãos, ungidas com o óleo sagrado, mãos sagradas, pelas quais vimos o pão e o vinho oferecidos no altar, mãos que elevaram, diante dos nossos olhos, o Corpo Eucarístico de Jesus, encontram-se ali, estáticas, frias, sem vida.
Os pés jazem, sem sangue, imóveis. Já não caminham, já não conduzem seu rebanho nem acompanham o Reinado, como sempre gostava.
A voz já não sai. Privaram-lhe os movimentos.
A vida lhe foi tirada.
Mas a alma, esta vive, para todo o sempre. De certo já se encontra junto do Pai. “Hoje mesmo estará comigo no paraíso.”
Ali, ao lado de Jesus e Maria, encontrará aconchego.
...
Gratidão, Pe. Marcelo!
Gratidão por todos os dias desses quinze anos que se dedicou à Igreja de Cristo.
Sua partida, tão repentina, causou comoção.
Meu coração está tão apertado!
Eu, que pouco o conhecia.
Imagino a dor dos familiares e amigos próximos.
Recolho-me em oração pelo descanso de sua alma, pelo conforto dos corações enlutados.
E sigo, confiando na misericórdia de Deus.
Luisa Garbazza
13 de janeiro de 2023
Em um momento de comoção pela morte do Pe. Marcelo Adriano.