quinta-feira, 26 de julho de 2018

Dia dos avós



Neste tempo em que a Igreja pede orações pela preservação dos valores que regem a vida em família, é importante ressaltar o papel dos avós e a eles dedicar nosso carinho e reconhecimento. Há algum tempo, surgiu a ideia de se reservar um dia especifico para homenagear os avós. O dia escolhido foi o 26 de julho, por ser o dia de São Joaquim e Santa Ana, avós de Jesus.
Voltando o olhar para minha família, vejo que tenho pouca lembrança dos meus avós. Não conheci meu avô paterno nem minha avó materna. Do avô materno e da avó paterna tenho apenas uma sombra de lembrança. Meu pai faleceu antes de eu casar. Então, ao falar de avós, lembro-me da avó dos meus filhos – minha mãe. Essa, sim, é um grande modelo de avó! Soube mostrar seu carinho aos netos desde o nascimento. Sempre que podia, ou era solicitada, cuidava deles e dirigia a eles seus ensinamentos. Ensinou a rezar, brincou com eles, contou histórias dos tempos antigos, deu conselhos. Com ela não valia o ditado “Mãe educa e avó deseduca”. Pelo contrario, ela ajudava a educar em todos os sentidos. O certo é certo, sempre. Deixou marcas bonitas na vida dos netos e de todos os que com ela conviveram.
Com essas lembranças, quero homenagear a todos os avós, responsáveis pela preservação da família, pela manutenção do elo familiar. É a partir deles que se forma o círculo de fraternidade da família maior. Merece todo o nosso respeito.
Parabéns vovó e vovô!
Que sejam todos abençoados por Deus através da intercessão de São Joaquim e Santa Ana. Que saibam nutrir os netos dos valores do Evangelho, para que cresçam tementes a Deus, amando e respeitando seu semelhante.


Luisa Garbazza

Publicação do informativo Igreja Viva
Paróquia N. Sra. do Rosário
Julho de 2018

sábado, 7 de julho de 2018

Laços de amor


Laços de amor que se encontram,
Unem com alegria e ternura
Corações que um ao outro se doam.
Irradiando brandura,
Alcançam, no fundo da alma,
Na fonte de doçura,
A presença que preenche e acalma.

E se completam, traçam metas, dão passos...

Passos que figuram em completa sintonia.
Enamorados, os corações em um só compasso,
Descobrem a vida em harmonia.
Real o amor, estreitam os laços:
O sim de Luciana e Pedro se realiza.


Lisa Garbazza

Para meus sobrinhos Luciana e Pedro, 
que hoje se unem em matrimônio,
com carinho.

domingo, 1 de julho de 2018

Criança que reza


 
A oração é o nosso meio de comunicação com Deus e com os santos, nossos intercessores, aqueles que, conforme acreditamos, levam nossos pedidos ao Pai, através de seu filho Jesus. Quando nascemos em família orante, aprendemos, desde pequeno, a rezar, assim que nos levantamos pela manhã, e parar um pouco, no final do dia, erguer os olhos para o céu e formular uma prece de agradecimento pelo dia que passou. Depois aprendemos a rezar participando da Santa Missa. Aos domingos, ir à Missa é um ritual, uma obrigação, um momento de encontro com Jesus na Eucaristia. E assim, pela vida toda, a oração é – ou deveria ser – o que nos sustenta e nos faz entender que a espiritualidade é essencial para nossa existência.
Seria bom que essa certeza fizesse parte da vida de todas as pessoas, ou pelo menos da vida dos cristãos, pois foi o próprio Cristo que nos ensinou a rezar, através dos apóstolos. No entanto, em todos os tempos, mais ainda na era científica e tecnológica em que vivemos, o homem tem uma estranha mania de pensar que pode viver sem Deus. Então cria suas próprias certezas, seus próprios deuses e vive cada um à sua maneira. Por isso é tão importante intensificarmos nossa vida de oração e pedirmos, insistentemente, que a mão de Deus esteja sobre nós e sobre o mundo inteiro. Através do nosso exemplo de fé e oração, pela força do Espírito, podemos atingir a vida de muitas pessoas. E são muitos os necessitados, inclusive nós próprios.
Um dos momentos mais sublimes de comunhão com Deus é a Santa Missa. Quando realmente entramos em sintonia com o mistério celebrado, saímos com a alma leve e o coração feliz pela presença de Jesus em nossa vida. Gosto de observar, durante as celebrações, a atitude das crianças. Fico emocionada e agradecida quando vejo uma criança que reza, que participa da celebração. Algumas, apesar da pouca idade, acompanham o folheto, rezam alto, repetem os gestos, tudo com seriedade e concentração. Outro dia, acompanhei o comportamento de uma menina – sete, oito anos mais ou menos – que estava sentava bem à minha frente. Foi lindo de ver: os olhos fixos no altar, alheia aos demais acontecimentos. Dava para imaginar a presença dos anjos ali à sua volta.
Outro momento de alegria, pela presença de criança que reza, foi no dia em que celebramos o Sagrado Coração de Jesus. A turma do Apostolado da Oração estava em destaque na igreja, com suas camisas brancas e suas fitas vermelhas. Vivemos momentos de emoção e muita fé. No final, o Padre André, que presidia a celebração, chamou à frente as pessoas que iriam receber a fita. Entre elas, duas crianças – pré-adolescentes, talvez. Foi uma grata surpresa ver aqueles dois pequenos participando do Apostolado da Oração. Eu olhava com admiração a atenção dos dois, o olhar atento dirigido ao padre, ouvindo-lhe as palavras. Senti, junto com eles, a presença de Jesus, quando receberam a fita vermelha.
"Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” Foi uma das mensagens que Jesus nos deixou através do Evangelho de São Mateus. A oração sustenta o espírito. É muito bom ver alguém em oração. Melhor ainda é ver uma criança que reza, pois sabemos que, por trás de tal comportamento, há uma família que reza, que ensina, que dá o exemplo aos filhos. Dai-nos, ó Pai, a graça de nos mantemos unidos a vós através da oração. Amém.
Luisa Garbazza

Jornal "A Paróquia"
Julho de 2018