Além
da terra, meus sonhos adormecidos
revelam
os desejos de alma sequiosa;
rasgam
o véu dos momentos interrompidos,
revestem-se
de uma armadura harmoniosa.
E
agarram-se a tão peculiar brandura!
Além
da terra, vão as lembranças mais lindas
do
belo e terno que ora vivem na saudade.
E,
apesar das lágrimas e dores infindas,
conservam
a paz, sustentam a dignidade.
E
revelam a face dessa alma tão pura.
Além
da terra, sinto as saudades eternas,
retratadas
nas imagens dos que amamos:
vidas
ceifadas de histórias brandas e ternas,
Ausências
tristes, doídas, que lamentamos.
E
que além do céu conservam toda a candura.
Aqui
na terra, mantém-se viva a esperança
de
poder os sentimentos conciliar:
desnudar
a alma, preservar a bonança,
trilhar
novos caminhos, o amor conservar.
E
deixar que reine a mansidão e a ternura.
Luisa
Garbazza
Abril de 2017
Poema integrante da Antologia Literária "Além da Terra além do Céu"
Chiado Editora
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