quinta-feira, 15 de junho de 2017

Dia de Corpus Christi.


Dia de Corpus Christi. O dia amanheceu frio. Um vento fininho passava pela terra. Quando me levantei, a lua ainda tinha um pouco do seu brilho. Foi o tempo de me arrumar e rumar para a Praça da Matriz. Muito trabalho me aguardava: a confecção dos tapetes para a passagem da procissão de Jesus Eucarístico.
O Flávio e o Marquinho já lá estavam. Chegaram cedo – às 6h – para interditar o trânsito antes que chegassem os fiéis para a missa das 7h. Muita gente foi chegando para ajudar. Uns, com vassouras na mão, foram limpando a rua. Alguns, mais prendados, foram fazendo os riscos no chão. Outros foram fazendo a arte de cobrir os desenhos dando-lhes forma.
Como os artistas eram poucos, também me arrisquei na tarefa de ir dando vida àqueles desenhos. Foi gratificante ver meus desenhos sendo preenchidos e exibidos com singular beleza`, assim como os demais. O início não foi fácil: o vento resolveu mostrar sua força e passava arrastando a serragem e levantando nuvens de cal. Mas depois resolveu se distanciar e deixou-nos trabalhar em paz.
Nossa festa é temática. Este ano, os altares e os tapetes abordaram a Campanha da Fraternidade, "Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida" e o lema "Cultivar e guardar a criação; O Ano Mariano, em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul; e o Servo de Deus Padre Júlio Maria de Lombaerde, fundador da Congregação dos Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Estamos rezando e pedindo por sua beatificação. 
Ficamos lá até mais de 13h. Foi o tempo de ir a casa, almoçar, tomar um banho e voltar para a celebração, às 15h. A igreja cheia mostrava a fé do povo de Deus. O coro de vozes que soou rezando a profissão de fé foi sublime. O mesmo com a oração do Pai Nosso. Tantas vozes chamando a Deus de Pai em uníssono. Algo para gravar na alma.
A procissão piedosa seguia com Jesus Eucarístico abençoando nossas ruas e, através de nossas orações, abençoando a cidade inteira. Nossos sacerdotes, Padre Márcio, Padre Antônio e Padre Rogério, esmeravam-se na tarefa de conduzir Jesus Eucarístico e dirigir nossas orações. Em cada altar, uma palavra sobre o tema ali retratado e os louvores ao Santíssimo Sacramento.
Chego a casa já quase dezenove horas. O corpo doído, mas a alma leve. A cabeça dolorida, mas o coração feliz. Ficar de 7h da manhã às 13h10, no sol, confeccionando esses tapetes, e de catorze as dezoito em oração e organização, por dinheiro algum eu faria, mas por Jesus faço com alegria na alma e gratuidade.

Obrigada, Jesus!
Luisa Garbazza
15 de junho de 2017 - Dia de Corpus Christi.
















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