Abri os
olhos e um anjo de luz se materializou em minha frente.
Sorriu-me,
abraçou-me, amou-me.
Chamei-o
Mãe.
Amor
recíproco e verdadeiro
um pouco
mais a cada dia.
Cuidou-me,
alimentou-me, conduziu meus primeiros passos.
Abri os
olhos novamente.
O anjo, ao
meu lado, orientava-me pelos caminhos da vida,
Cuidava-me,
curando as feridas do corpo – tantas – e as da alma.
Entre um
abrir e fechar de olhos,
a mesma
imagem – sempre ela –
a
ouvir meus anseios
minimizar
meus medos
acompanhar
meu caminhar.
Abri os
olhos e lá estava ela a me aconselhar,
a ver-me
também como mãe,
e juntas,
meus filhos a embalar.
Tudo era por
ela: cada minuto, cada feito, cada homenagem.
Era a
primeira, sempre, em todas as circunstâncias.
Mas...
meus olhos se fecharam mais que o necessário.
meus olhos se fecharam mais que o necessário.
A vida mudou
o rumo das coisas.
Tudo ficou
escuro.
E triste, e
vazio e distante.
Abri os
olhos e ela não estava mais presente.
Pisquei os
olhos uma, duas, várias vezes.
Não mais
adianta:
a luz não
aparece,
a voz não
mais se faz ouvir.
Meu anjo de
luz foi iluminar outros lugares.
Foi para o céu – bem pertinho de Deus.
Foi para o céu – bem pertinho de Deus.
Nos olhos,
apenas lágrimas: muitas.
No coração,
uma dor sem medidas
e um vácuo
profundo que nunca será preenchido.
Onde ela
estiver, espalhando sua luz, sei que estarei.
E ela, no
meu coração, para sempre ficará.
Meu anjo de
luz, minha santa, minha mãe.
Luisa Garbazza
À Maria da Conceição Garbazza,
minha mãe,
um anjo que, dia 16 de junho de 2014, voltou para o céu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário