domingo, 8 de fevereiro de 2015

Outro dia



A vida declina.
De repente o passado, o medo, a nostalgia
a tristeza, a solidão, o vazio
a sensação de impotência diante do mundo.
Mais um dia, outro, e outro.
Onde estão os frutos das sementes que plantei?
Onde aportaram meus sonhos?
Onde o amor, o carinho, as palavras?
A noite me encontra esvaziada.
O coração encolhido, amedrontado no peito.
Momentos inexplicáveis de angústia.
Um meio sorriso disfarça a dor da alma.
Espero o nascer de outro dia,
a esperança de uma nova aurora,
a mão de Deus a me tocar,
a conduzir-me por caminhos retos
e mostrar-me que a vida ainda vale a pena.
O sol há de nascer:
para todos;
para mim.
Luisa Garbazza
8 de fevereiro de 2015

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