Misteriosa linha, fina e
tênue,
divide e alinha, separa e
contrapõe.
A linha da lua nova, no céu
bem colocada
apresenta-se faceira depois
da escuridão.
A doce linha do tempo, ocaso
ou aurora,
aparta o claro da noite,
devolve ao dia o clarão.
A delicada linha da vida,
em fases bem dividida
Assusta, surpreende, escorre
sem avisar.
Os anos passam ligeiros,
o corpo sofre e sucumbe
ante a ruína anunciada da
vida tão limitada.
Mas coisa alguma interfere na casta
linha da alma:
segue o rumo trigueira, faz-nos
sentir inteiros
soltos e libertos, qualquer a idade somada.
O corpo pesa, mas a alma
é leve.
A alma é sempre livre: quer espaço para voar.
Brincar com o tempo, viver
e reviver o passado,
encantar-se com o
presente, sonhar o futuro:
sempre, e sempre, e
sempre.
Luisa Garbazza
21 de fevereiro de 2015
Lindo!! "A alma e sempre livre, quer espaço pra voar".
ResponderExcluirObrigada, Lúcia!
ResponderExcluirE parabéns pela sensibilidade.