terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

2015 – O Ano da Paz



Início de um novo ano é sinônimo de expectativas. Sempre fazemos novos planos, esperamos viver com um pouco mais de dignidade e que coisas boas aconteçam em nossa vida. No entanto vemos a violência se alastrar com tamanha intensidade que nos sentimos angustiados e inseguros quanto ao dia de amanhã. Por causa dessa onda crescente de violência, a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – decidiu promover o Ano da Paz, objetivando mobilizar o Brasil para a cultura da paz e da não violência. Do dia 30 de novembro de 2014 até o Natal de 2015, vivenciaremos esse Ano da Paz. E teremos a oportunidade de nos engajarmos nessa luta.
Refletindo sobre essa questão, aproveitemos o tema escolhido pelo Papa Francisco para o dia 1º de janeiro de 2015, o 48º Dia Mundial da Paz: “Não mais escravos, mais irmãos”. Sabemos que, mesmo com toda a evolução humana e a era tecnológica e globalizada em que vivemos, a escravidão ainda é um dos motivos da violência que rouba a paz de tantas famílias. Muitos são os que, privados de sua liberdade, têm que trabalhar desumanamente para sobreviver. São escravizados para sustentar o luxo e o egoísmo de outras pessoas.
Por outro lado, são inúmeras as situações em que ficamos expostos à violência: homicídios, principalmente em consequência do tráfico de drogas; acidentes de trânsito, que ceifam a vida de tantos inocentes; agressões, injustiças e corrupção; opressão política e econômica; conflito nos lares; e outros. Em decorrência disso tudo, aumenta o número dos que morrem, vítimas de atos violentos, ou perdem o direito de viver com dignidade.
Muitas vezes é fácil perceber e apontar as causas da violência. De forma indireta, ela é causada pelo egoísmo e pela ganância que escraviza. Como nos diz o Papa Francisco: “Enquanto não se eliminarem a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos será impossível desarraigar a violência. Acusam-se da violência os pobres e as populações mais pobres, mas, sem igualdade de oportunidades, as várias formas de agressão e de guerra encontrarão um terreno fértil que, mais cedo ou mais tarde, há de provocar a explosão.”.
Do mesmo modo, não é difícil saber qual o melhor caminho para uma sociedade mais pacífica: precisamos respeitar o direito à vida, que todos possuem; ser generosos e não medir esforços para ajudar o outro; lutar pela preservação da integridade física, psicológica, social e espiritual de que todos necessitamos; respeitar as diferenças e valorizar o que o outro pode oferecer, mesmo que seja apenas uma moedinha, como fez a viúva citada na Bíblia por Jesus.
Assim, temos muito a fazer, durante este ano e sempre, para que o Brasil seja um lugar melhor de se viver. Sabemos que não damos conta sozinhos. Será necessária a participação de todos, principalmente dos políticos e dos que detêm alguma forma de poder. Não é uma tarefa simples, muito menos fácil, mas é uma tarefa possível, se todos tiverem o mesmo objetivo.
Portanto, não desanimemos. Entremos para valer, de corpo e alma, nessa corrente pacificadora. Sejamos fiéis ao nosso Batismo e respondamos ao apelo da Igreja nos empenhando pela construção da paz em todos os lugares. Como primeiro passo, estejamos em oração. Entremos em sintonia com o Espírito Santo e peçamos a Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, que nos ensine os caminhos para essa sociedade tão sonhada.
Luisa Garbazza

Publicação do "Informativo Igreja Viva" 
 Paróquia Nossa Senhora do Rosário. 
Fevereiro de 2015

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