Finalzinho de noite.
Está aberta a cortina
da madrugada.
A lua, solitária,
quebra o negrume do céu.
Olhando-a, percebo
minha pequenez,
minha angústia,
minhas carências.
A solidão é minha
também.
Somos nós duas,
apenas,
na noite úmida e fresca.
O frio do tempo
toca-me a pele,
penetra-me o ser,
confunde-se com o
frio da alma.
A espera será longa,
mas o sol há de
cumprir sua missão:
nascer, clarear,
esquentar
espantar tristezas, medos,
amornar o frio do
coração.
Uma nova aurora há de
raiar
sempre... sempre...
cada vez mais
renovadora.
E a cortina do dia,
outra vez aberta,
permitirá novos
sonhos,
outros encantos,
outros sorrisos...
E muita vida.
Luisa Garbazza
28 de outubro de 2014
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