O tempo seco nos castiga.
Quase três meses de recessão.
O povo sofre com a seca que assola e esgota
as nascentes.
Padece com o calor quase insuportável.
Divide o ar que parece tão pouco!
Respirar fica difícil.
A fumaça das queimadas invade a
atmosfera.
Viver é sufocante.
A natureza também sofre com a falta de
chuva e chora a perda de tanto verde.
Muito sofrimento...
Tanta espera...
Combinei comigo mesma:
_ Quando a primeira chuva cair, não
ficarei dentro de casa. Quero senti-la.
Hoje, quando o ar começou a mudar,
fiquei atenta.
Ao ouvir o primeiro pingo, nem
acreditei, mas veio o segundo, o terceiro...
Era verdade. Estava chovendo.
Não pensei duas vezes: saí correndo
para o jardim.
Sensação boa sentir os pingos saindo
do escuro do céu, fazendo-se visível de repente e caindo em meu rosto.
O ar tornou-se leve, fresco e
agradável.
Levantei os braços e prolonguei o efeito
de euforia recebendo cada pingo com entusiasmo.
Em instantes, o piso da varanda ganhou
o brilho molhado.
O êxtase do momento continuou por
alguns minutos, poucos que sejam.
Valeu para amenizar o calor.
Rapidamente, os pingos foram diminuindo.
O momento durou pouco, mas a alegria
foi imensa.
Os pingos lavaram a alma e renovaram a
esperança.
Amanhã será bem melhor.
Luisa Garbazza
18 de outubro de 2014
Dando graças a Deus pela chuva que vem se aproximando.
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