De repente, acordo com o coração cheio
de saudade.
Há algo diferente no ar.
Hoje é dia de alegria, de recordações
e de lágrimas felizes que umedecem a face e a alma.
As lembranças me tomam a mente, o
coração, o corpo todo...
Era tarde de sábado quando ficou
decidido: é hoje.
Em algumas horas, dividi-me em dois
seres: tornei-me mãe.
Então comecei a percorrer um caminho
tão singular! Comecei, não: começamos! Planejamos juntos, vivemos juntos,
caminhamos juntos.
A alegria da vida mostrava o sorriso
mais lindo que já se viu.
Havia flores, havia pássaros, havia
nuvens coloridas, havia esperança.
Havia palavras, passos, abraços,
carinhos, choros e risos.
Havia mãos dadas, confiança,
aprendizado.
Havia proximidade, olhares,
cumplicidade.
Também havia o tempo...
Esse passou, rápido demais!!!
Foi mudando as coisas e preparando-nos
surpresas...
Hoje, ainda há tudo isso.
Todavia há também a distância, a
saudade, a dor no coração, a vontade de estar perto.
Há os devaneios da mente que trazem
para perto, sentem a presença, abraçam...
Há o desejo de que tudo esteja bem.
Há o carinho, o amor – sempre maior a
cada dia –, a prece.
A presença distante impõe uma pontinha
de nostalgia, no entanto a certeza dos laços que me enlaçam a outra porção de
mim mesma, traz-me serenidade, alegria e gratidão.
Gratidão a Deus por me conceder todos
esses momentos. Por me amar e me permitir a graça da maternidade.
A alma se aquieta na certeza de que
tudo está bem e que tudo valeu a pena.
Assim o dia vai ser feliz, apesar da
ausência, da distância, da saudade imensa que sinto no coração.
Ah! Sim!
O dia há de ser feliz!
Luisa Garbazza
13 de outubro de 2017
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