sexta-feira, 15 de abril de 2016

Limites



Ao nos vermos assim limitados, sem a plenitude da liberdade,
sentimo-nos tão restritos, percebemos o valor dos passos.
Quando o ir e vir é tão difícil, tolhendo-nos a tranquilidade,
precisamos nos aquietar, procurar novos compassos.

A mente nos pede: ande!
O corpo direciona: movimente!
A disposição dita: trabalhe!
Mas o pé manda: sossegue!

O corpo sossega, mas a alma flutua.
Os pés se aquietam, mas o coração pulsa.
O corpo aceita, espera, não tumultua.
Os pés quedam-se e o pensamento impulsa:

Na impossibilidade, buscar da fé a amplitude.
Na resignação, encontrar a paz da alma.
Na inquietação, buscar do espírito a quietude.
Na aceitação, encontrar a fé que acalma.
Luisa Garbazza
15 de abril de 2016

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