A
Congregação Sacramentina está em festa comemorando o centenário da chegada de
seu fundador ao Brasil (1912 - 2012). Várias atividades estão sendo realizadas para marcar
essa data tão significativa. Uma delas: reunir um grupo de bom-despachenses
para conhecer a cidade onde tudo começou.
O
dia – sete de setembro de 2012.
A
hora – vinte e duas horas e trinta minutos.
O
destino – Manhumirim.
O
objetivo – conhecer de perto o berço da Congregação dos Missionários
Sacramentinos de Nossa Senhora e os feitos de seu fundador – Padre Júlio Maria
de Lombaerde.
Assim
iniciou-se a peregrinação longa e criteriosamente planejada e realizada pelo
padre Antônio Otaviano. Ônibus cheio;
diversidade visível; múltiplos anseios..., mas em comum a simpatia, a alegria,
a satisfação pelo encontro e pela convivência.
Em
Belo Horizonte, completou-se uma lacuna com as presenças do Matheus e do Felipe
– seminaristas sacramentinos, queridos do povo bom-despachense, exemplos de
admiração pelo padre Júlio Maria.
Viagem
longa, mas agradável. A alegria da chegada e a recepção calorosa recebida no
colégio das irmãs sacramentinas foi o prenúncio do sucesso dessa missão. Ali
mesmo, em outros momentos, visitamos lugares de paz e tranquilidade como a
gruta de Nossa Senhora de Lourdes, o local com os quadros da via-sacra e outro
com Nossa Senhora de Fátima e os três pastorinhos.
A
subida para o seminário foi feita com emoção e expectativa. Conhecer o local
projetado e construído pelo padre Júlio Maria e saber que ali ele viveu teve um
peso muito grande para que o admirássemos cada vez mais. Em tudo havia um sinal
forte de sua presença, que se tornou mais intenso no quarto com seus pertences
e no memorial, onde pudemos conhecer melhor sua pessoa e suas obras.
Foi
uma viagem extremamente prazerosa. Tudo
ali traz à tona a forte presença do fundador. Valeu cada momento desse banho de
cultura julimariana.
Valeu
a pena enveredar pela vida de um padre que levou tão a sério os ensinamentos de
Jesus e não mediu esforços para segui-los. Alguém que, nos poucos anos que viveu
no Brasil, deixou-nos um legado valoroso de vida em comum; de humildade e
serviço; de amor e valorização da Eucaristia; de carinho e veneração por Maria
Santíssima. Foi muito importante visitar os lugares onde esse missionário
viveu, trabalhou e lutou pelos mais necessitados numa entrega completa e
sincera; e, tão importante quanto, o lugar onde aconteceu o trágico acidente
que ocasionou sua morte.
Valeu
a pena as boas-vindas recebidas do padre Geraldo Mayrink (Superior Geral dos Missionários Sacramentinos); a conversa amiga e os
ensinamentos do padre Aureliano e do Padre Demerval conduzindo-nos através do
tempo para entender a vocação do padre Júlio Maria, sua fé e a enormidade de
sua obra; a companhia, o entusiasmo, as celebrações e as explicações a nós
dirigidas pelo padre Antônio e pelos seminaristas, Matheus e Felipe; a
participação nas celebrações da festa do “Jubileu do Bom Jesus” com o tema
“Paróquia, rede de comunidades”.
Valeu
a pena conviver com pessoas tão agradáveis, que entenderam muito bem o objetivo
da viagem e se comportaram verdadeiramente como uma comunidade cristã
convivendo pacificamente, dividindo os pertences, respeitando os lugares
sagrados, fazendo desse momento uma ocasião propícia para o amadurecimento da
fé e da confiança em Deus.
O objetivo foi cumprido. A volta – com uma
demora provocada pelo engarrafamento de final de feriado – aconteceu dentro da
normalidade, de maneira bem tranquila. Em cada um de nós, ficou a marca visível
do reconhecimento merecido por tão grande servo de Deus. Como bem nos
transmitiu o lema da festa do Bom Jesus: “Põe a semente na terra, não será em
vão!”, a semente foi lançada. Cabe a cada um de nós ter disponibilidade para
preparar o chão, transformá-lo em terra boa, lugar onde a semente germine e dê
bons frutos.
É missão nossa também, disseminar o que
aprendemos sobre a vida do Padre Júlio Maria e rezar por sua beatificação.
Assim, sua vida de renúncia, de amor, sacrifício, fé não terá sido em vão e em
breve ele estará em um altar intercedendo a Deus por nós.
Luisa Garbazza
Publicado originalmente no jornal "Paróquia" - Paróquia N. S. do Bom Despacho.
* Em especial para meus companheiros de viagem.
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