segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Manhumirim – berço da Congregação Sacramentina



A Congregação Sacramentina está em festa comemorando o centenário da chegada de seu fundador ao Brasil (1912 - 2012). Várias atividades estão sendo realizadas para marcar essa data tão significativa. Uma delas: reunir um grupo de bom-despachenses para conhecer a cidade onde tudo começou.
O dia – sete de setembro de 2012.
A hora – vinte e duas horas e trinta minutos.
O destino – Manhumirim.
O objetivo – conhecer de perto o berço da Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora e os feitos de seu fundador – Padre Júlio Maria de Lombaerde.
Assim iniciou-se a peregrinação longa e criteriosamente planejada e realizada pelo padre Antônio Otaviano.  Ônibus cheio; diversidade visível; múltiplos anseios..., mas em comum a simpatia, a alegria, a satisfação pelo encontro e pela convivência. 
Em Belo Horizonte, completou-se uma lacuna com as presenças do Matheus e do Felipe – seminaristas sacramentinos, queridos do povo bom-despachense, exemplos de admiração pelo padre Júlio Maria.
Viagem longa, mas agradável. A alegria da chegada e a recepção calorosa recebida no colégio das irmãs sacramentinas foi o prenúncio do sucesso dessa missão. Ali mesmo, em outros momentos, visitamos lugares de paz e tranquilidade como a gruta de Nossa Senhora de Lourdes, o local com os quadros da via-sacra e outro com Nossa Senhora de Fátima e os três pastorinhos.
A subida para o seminário foi feita com emoção e expectativa. Conhecer o local projetado e construído pelo padre Júlio Maria e saber que ali ele viveu teve um peso muito grande para que o admirássemos cada vez mais. Em tudo havia um sinal forte de sua presença, que se tornou mais intenso no quarto com seus pertences e no memorial, onde pudemos conhecer melhor sua pessoa e suas obras.
Foi uma viagem extremamente prazerosa.  Tudo ali traz à tona a forte presença do fundador. Valeu cada momento desse banho de cultura julimariana.
Valeu a pena enveredar pela vida de um padre que levou tão a sério os ensinamentos de Jesus e não mediu esforços para segui-los. Alguém que, nos poucos anos que viveu no Brasil, deixou-nos um legado valoroso de vida em comum; de humildade e serviço; de amor e valorização da Eucaristia; de carinho e veneração por Maria Santíssima. Foi muito importante visitar os lugares onde esse missionário viveu, trabalhou e lutou pelos mais necessitados numa entrega completa e sincera; e, tão importante quanto, o lugar onde aconteceu o trágico acidente que ocasionou sua morte.
Valeu a pena as boas-vindas recebidas do padre Geraldo Mayrink (Superior Geral dos Missionários Sacramentinos); a conversa amiga e os ensinamentos do padre Aureliano e do Padre Demerval conduzindo-nos através do tempo para entender a vocação do padre Júlio Maria, sua fé e a enormidade de sua obra; a companhia, o entusiasmo, as celebrações e as explicações a nós dirigidas pelo padre Antônio e pelos seminaristas, Matheus e Felipe; a participação nas celebrações da festa do “Jubileu do Bom Jesus” com o tema “Paróquia, rede de comunidades”.
Valeu a pena conviver com pessoas tão agradáveis, que entenderam muito bem o objetivo da viagem e se comportaram verdadeiramente como uma comunidade cristã convivendo pacificamente, dividindo os pertences, respeitando os lugares sagrados, fazendo desse momento uma ocasião propícia para o amadurecimento da fé e da confiança em Deus.
 O objetivo foi cumprido. A volta – com uma demora provocada pelo engarrafamento de final de feriado – aconteceu dentro da normalidade, de maneira bem tranquila. Em cada um de nós, ficou a marca visível do reconhecimento merecido por tão grande servo de Deus. Como bem nos transmitiu o lema da festa do Bom Jesus: “Põe a semente na terra, não será em vão!”, a semente foi lançada. Cabe a cada um de nós ter disponibilidade para preparar o chão, transformá-lo em terra boa, lugar onde a semente germine e dê bons frutos.
 É missão nossa também, disseminar o que aprendemos sobre a vida do Padre Júlio Maria e rezar por sua beatificação. Assim, sua vida de renúncia, de amor, sacrifício, fé não terá sido em vão e em breve ele estará em um altar intercedendo a Deus por nós.
 Luisa Garbazza

Publicado originalmente no jornal "Paróquia" - Paróquia N. S. do Bom Despacho.

* Em especial para meus companheiros de viagem.

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