quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sublime amor de mãe



Toda mãe, sem ressalva nem exceção, é digna de homenagem, gratidão, aplausos, orações e muitas bênçãos, pela sublime missão de gerar uma nova vida. Por isso é uma honra poder exaltar cada uma neste dia a elas dedicado.
Primeiramente, e de forma bem simples e pura, nossa homenagem é para aquela mãe que formou a primeira família cristã – Maria, “mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida”. Mulher forte, fiel a Deus, que abraçou a humanidade inteira com seu sim, sua persistência, sua aceitação, sua cruz. Modelo de virtude. Nossa mãe do céu, companhia certa nos momentos de tristeza e de alegria, de desânimo e de fé, de fraqueza e de força. Nossa representante perante o Salvador: “Pede à mãe que o filho atende.”
Nossa gratidão às mães gestantes, reféns da ansiedade que faz com que esses nove meses sejam os mais longos da vida e, ao mesmo tempo, os mais sublimes. Vivem a magia que acontece dia após dia, desde a fecundação até o momento de dar à luz. Futuras mães, cheias de sonhos, com um coração enorme preparado para se desmanchar em alegrias e afetos quando admirar seu filho pela primeira vez.
Uma homenagem sincera a todas as mães que batalham incessantemente para acompanhar o desenvolvimento – mental, físico e espiritual – e a educação dos filhos. Mães guerreiras que enfrentam obstáculos, destroem barreiras, movem céus e terra, doam a vida, esquecendo-se de si mesmas, para que o filho possa crescer, se desenvolver e construir sua personalidade. Cada passo do filho, cada degrau vencido, cada vitória conseguida são sentidos com intensidade tamanha que transborda do coração pelos olhos, pelo sorriso e pelas palavras escolhidas para exteriorizar tais emoções. São lutas e alegrias que perduram por uma vida inteira.
Gratidão especial às mães de filhos distantes – por um motivo ou outro. Partiu o filho, partiu também o coração que, incompleto, não encontra espaço para tanto amor e vive se derramando em lágrimas de saudades. Cada lugar da casa, cada objeto, o prato preferido, as conversas, tudo lembra o filho querido. Ausência sofrida, apesar da alegria intensa de sabê-lo bem e do orgulho sentido ao vê-lo crescendo, conquistando espaços, progredindo.
Nossa solidariedade às mães desprezadas. Tamanho amor, que se formou ao longo de tanto tempo, não foi suficiente para mostrar ao filho que ele é o bem maior de sua existência. Tanto carinho dispensado dia a dia não foi o bastante para sustentar os laços mágicos e sagrados que unem mãe e filho. Os braços ficam abertos sem ter a quem abraçar. O amor sufoca o peito e os laços cortados provocam lamentos e choro confirmando a dor da ausência...
Nossa homenagem e solidariedade àquelas mães que se despediram do filho, devolvendo-o a Deus. Que dor imensa! Que lacuna desmedida! Filho é insubstituível. O amor permanece. A falta aperta o coração e amarga a vida.
Nossas orações pelas mães que abandonaram os filhos. Apesar de não assumirem a missão, também são mães. Quem sabe a vida, com suas circunstâncias adversas, traçou esse caminho obscuro. Ou, talvez, o amor não foi suficiente para se dividir e receber nos braços uma parte do coração que começou a bater no peito de outra pessoa.
Nossa homenagem e nosso carinho para as mães idosas, que dedicaram a vida pelos filhos e hoje já não têm força suficiente para continuar a batalha da vida. Elas, que como São Paulo, “combateram o bom combate”, fazem jus ao reconhecimento, à gratidão, à presença amiga, à assistência constante e ao amor daqueles que gerou. 
Tomara que, neste dia especial, todas as mães possam sentir a verdadeira alegria por ter-se esvaziado e se preparado para receber os filhos que Deus lhes concedeu. Alegrar-se com a certeza de que, independente da realidade vivida, os filhos são dádivas de Deus e a Ele pertence. E que Maria abrace todas as mães e dispense a cada uma as graças necessárias para bem viver essa sublime história de amor.
Parabéns a você, mamãe.
Luisa Garbazza

Crônica publicada originalmente no 
Informativo Igreja Viva 
da Paróquia Nossa Senhora do Rosário - mês de maio.

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