É
muito prazeroso ler poesia. Dar vida a cada verso, parar em uma palavra ou
outra, sentir a emoção de se conectar com outro universo.
É
melhor ainda escrever poesia. Deixar o coração à larga e a mão – Amo escrever à
mão, apesar das modernidades. – ir registrando cada sentimento, a palavra única,
especial, que toca a alma e provoca outros sentimentos.
Mas
a graça maior está em viver a poesia. Foi exatamente o que vivi na manhã desta
sexta-feira: a poesia da vida.
Convidada
pela professora – e amiga – Tânia, fui à Escola Municipal Dona Duca para falar
às crianças, apresentar meu livro e contar-lhes minha história: “A menina que
queria ser vento”. Tudo ali era poesia: o acolhimento da diretora e demais funcionários,
a educação das crianças, a organização e ornamentação do ambiente, os trabalhos
dos alunos.
O
que aconteceu então, aquele contato prazeroso com os pequenos, foi lindo, pura
poesia. Ver todos aqueles pares de olhos olhando-me, prestando atenção nas
minhas palavras, brilhando ao escutar minha história, foi mágico.
A presença dos alunos que queriam levar meu
livro e a alegria ao registrar a dedicatória foram versos que saíram carregados
de afetos, de rimas e de sons.
Receber,
depois de tudo, a ternura, o carinho, o sorriso e o abraço dos pequenos foram os
versos finais, os mais lindos, que compuseram os momentos poéticos que preencheram
as linhas de minha manhã.
Gratidão
imensa. Gratidão sentida, vivida, extravasada.
Luisa
Garbazza
18
de maio de 2018
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