Ao sermos batizados, e termos o sinal da Cruz
traçado sobre nós, recebemos o óleo sagrado e nosso nome é registrado nos
livros da Igreja católica. Isso normalmente quando criança – bem pequena. Nem
nos lembramos desse dia. Não sabemos nada da vida, nem quem somos, nem quem foi
Jesus Cristo. Levados por nossos pais e padrinhos, somos batizados em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Aos poucos, vamos recebendo os primeiros
ensinamentos e somos apresentados ao Papai e à Mamãe do céu. E também a Jesus
Cristo, que passa a ser nosso companheiro de caminhada. Quando já temos
condições de assimilar esses preceitos, começamos a frequentar a catequese. Aí
vamos aprimorar os ensinamentos recebidos do papai e da mamãe – nossos
primeiros catequistas – e aprender os princípios básicos fundamentais para a
peregrinação de todo cristão.
Frequentamos a catequese por mais ou menos cinco
anos e aprendemos apenas o básico. Nossa catequese, entretanto, deve ser pela
vida toda, em um aprendizado constante, um pouco mais a cada dia, em todos os
dias de nossa vida: ninguém pode dizer que está pronto na fé. – Outro dia
encontrei o Padre Antônio lendo um livro bem extenso sobre introdução à Liturgia. E nós, às vezes, achando que sabemos muito.
Os próprios catequistas precisam de formação. E nossa
paróquia tem esse cuidado. Em fevereiro, antes mesmo de iniciarem os encontros
com os catequizandos, houve quatro encontros, dos quais tive o privilégio de
participar: momentos de socialização, de aprendizado, de experiência de Deus,
de reafirmação de tão bela vocação.
No primeiro encontro, a Salomé levou-nos uma bonita
mensagem sobre “A Fé”. Com sua voz firme, mas, ao mesmo
tempo, tão terna, e com palavras profundas e verdadeiras, fez-nos refletir
sobre nossa vivência de cristãos e como devemos cuidar da sementinha de fé que
todos trazemos dentro de nós. Nossa missão, que não é nada fácil, é fazê-la
brotar, crescer e frutificar.
O Diácono Douglas conduziu o segundo encontro: “A oração”. Com citações bíblicas,
exemplos de vida e testemunhos, transmitiu-nos o valor da oração e a
necessidade que temos de estar sempre em contato com Deus através dela. Com
simplicidade e entusiasmo, Douglas abriu nosso coração para enxergarmos a
generosidade de Deus, a amizade de Jesus, a presença de Maria e a intercessão
dos santos.

Por fim, no último encontro, o Luís Henrique
falou-nos sobre “Os mandamentos”.
Com seu jeito calmo, transmitiu-nos nossas obrigações de cristãos: viver de
acordo com os mandamentos do Senhor. Mas mostrou-nos também a misericórdia
infinita de Deus, sempre disposto a nos perdoar a cada vez que nos aproximarmos
e pedirmos perdão.
Assim como os catequistas, todos os cristãos,
principalmente nós que participamos ativamente da vida da Igreja, quer nas Pastorais,
nas equipes de Liturgia, nas equipes de Canto, no Ministério da Eucaristia, carecemos
de momentos de espiritualidade e aprofundamento na fé, comparada pelo próprio
Jesus a um grão de mostarda. Lançá-lo na terra e vê-lo crescer é tarefa de uma
vida toda. Talvez nem vivamos o suficiente para vê-lo florescer e frutificar.
Não podemos, no entanto, desistir no meio do caminho, ou achar que já sabemos o
bastante. Precisamos ter humildade para reconhecer nossa pequenez, aceitar que
ainda temos muito que aprender e aproveitar, da melhor maneira que pudermos, os
momentos de formação a nós oferecidos.
Luisa Garbazza
Março de 2017
Publicação do Jornal
Paróquia N. Sra. do Bom Despacho
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