sábado, 11 de março de 2017

Cristão – um ser em formação

Ao sermos batizados, e termos o sinal da Cruz traçado sobre nós, recebemos o óleo sagrado e nosso nome é registrado nos livros da Igreja católica. Isso normalmente quando criança – bem pequena. Nem nos lembramos desse dia. Não sabemos nada da vida, nem quem somos, nem quem foi Jesus Cristo. Levados por nossos pais e padrinhos, somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Aos poucos, vamos recebendo os primeiros ensinamentos e somos apresentados ao Papai e à Mamãe do céu. E também a Jesus Cristo, que passa a ser nosso companheiro de caminhada. Quando já temos condições de assimilar esses preceitos, começamos a frequentar a catequese. Aí vamos aprimorar os ensinamentos recebidos do papai e da mamãe – nossos primeiros catequistas – e aprender os princípios básicos fundamentais para a peregrinação de todo cristão.
Frequentamos a catequese por mais ou menos cinco anos e aprendemos apenas o básico. Nossa catequese, entretanto, deve ser pela vida toda, em um aprendizado constante, um pouco mais a cada dia, em todos os dias de nossa vida: ninguém pode dizer que está pronto na fé. – Outro dia encontrei o Padre Antônio lendo um livro bem extenso sobre introdução à Liturgia. E nós, às vezes, achando que sabemos muito.
Os próprios catequistas precisam de formação. E nossa paróquia tem esse cuidado. Em fevereiro, antes mesmo de iniciarem os encontros com os catequizandos, houve quatro encontros, dos quais tive o privilégio de participar: momentos de socialização, de aprendizado, de experiência de Deus, de reafirmação de tão bela vocação.
No primeiro encontro, a Salomé levou-nos uma bonita mensagem sobre “A Fé”. Com sua voz firme, mas, ao mesmo tempo, tão terna, e com palavras profundas e verdadeiras, fez-nos refletir sobre nossa vivência de cristãos e como devemos cuidar da sementinha de fé que todos trazemos dentro de nós. Nossa missão, que não é nada fácil, é fazê-la brotar, crescer e frutificar.
O Diácono Douglas conduziu o segundo encontro: “A oração”. Com citações bíblicas, exemplos de vida e testemunhos, transmitiu-nos o valor da oração e a necessidade que temos de estar sempre em contato com Deus através dela. Com simplicidade e entusiasmo, Douglas abriu nosso coração para enxergarmos a generosidade de Deus, a amizade de Jesus, a presença de Maria e a intercessão dos santos.
Os Sacramentos” foi o tema abordado pelo Padre Antônio no terceiro encontro. Sempre nos enriquecendo com sua fala tranquila e cheia de sabedoria, Padre Antônio nos proporcionou maior aprofundamento sobre os sete sinais sagrados que recebemos ao longo da vida e que não nos deixam afastar da graça de Deus.
Por fim, no último encontro, o Luís Henrique falou-nos sobre “Os mandamentos”. Com seu jeito calmo, transmitiu-nos nossas obrigações de cristãos: viver de acordo com os mandamentos do Senhor. Mas mostrou-nos também a misericórdia infinita de Deus, sempre disposto a nos perdoar a cada vez que nos aproximarmos e pedirmos perdão.

Assim como os catequistas, todos os cristãos, principalmente nós que participamos ativamente da vida da Igreja, quer nas Pastorais, nas equipes de Liturgia, nas equipes de Canto, no Ministério da Eucaristia, carecemos de momentos de espiritualidade e aprofundamento na fé, comparada pelo próprio Jesus a um grão de mostarda. Lançá-lo na terra e vê-lo crescer é tarefa de uma vida toda. Talvez nem vivamos o suficiente para vê-lo florescer e frutificar. Não podemos, no entanto, desistir no meio do caminho, ou achar que já sabemos o bastante. Precisamos ter humildade para reconhecer nossa pequenez, aceitar que ainda temos muito que aprender e aproveitar, da melhor maneira que pudermos, os momentos de formação a nós oferecidos.
Luisa Garbazza

Março de 2017
Publicação do Jornal 
Paróquia N. Sra. do Bom Despacho

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