segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Tu nos ensinaste, Senhor Jesus!

Senhor Jesus, tua vinda ao mundo foi parte de um grande projeto do amor de Deus Pai aos homens: vieste para ensinar.
Ao longo de tua vida, ao lado de Maria e José, ensinaste a obediência, a harmonia da vida em família, a simplicidade e, acima de tudo, o amor.
Nos três anos de tua vida pública, Jesus, Tu nos ensinaste tanto!
Ensinaste-nos a não atropelar as coisas, querendo que tudo aconteça no nosso momento; devemos, sim, esperar o tempo de Deus, quanto for preciso. Também nos ensinaste a elevar o pensamento e rezar sempre, principalmente nos momentos em que temos dificuldade em entender os desígnios de Deus. 
Instruíste-nos a ajudar os mais fracos, os doentes e oprimidos, como Tu mesmo ajudaste os leprosos, os aleijados, as viúvas.
Em teu encontro com a mulher pecadora, ensinaste-nos a dar o perdão em abundância, quantas vezes forem necessárias. Ao escolher os doze apóstolos, ensinaste-nos a viver em comunidade, respeitar as diferenças e cultivar o mesmo ideal de fé: o amor a Deus.
Nas horas de aflição, Senhor Jesus, teu ensinamento nos conduz a confiar plenamente na providência divina e aceitar a vontade de Deus. Apesar de nem sempre compreendê-la.
E, acima de tudo, ensinaste-nos a arte de amar. Amar sem medidas, sem motivos aparentes, sem interesses; amar a todos, sem distinção, com pureza de alma e gratuidade, simplesmente por amar.
Mas...
Tu não nos ensinaste, Jesus, a olhar à nossa volta e ver tanta maldade no coração das pessoas! A ver tanta desigualdade social: alguns morrem de fome; muitos enfrentam uma luta diária e árdua para sobreviver com um mínimo de dignidade; outros, alheios às necessidades da maioria, esbanjam o muito que possuem.
Tu, Senhor, não nos instruíste a entender alguns sentimentos e atitudes do ser humano, que tanto atrapalham a fraternal convivência, como o ódio e a ganância, o desprezo e a indiferença, o orgulho e a vaidade desmedida.
Também não aprendemos contigo a conviver com a guerra, quer seja civil, política ou religiosa. Como entender essa disputa desenfreada por bens que deveriam ser de todos? Povo contra povo, nação contra nação, pessoas que se autodestroem para extinguir o outro. Como dormir em paz depois de assistir ao noticiário e ver os ataques em várias partes do mundo? Bombas destroem o planeta e atingem pessoas inocentes, que, sem culpa nem conhecimento, têm suas vidas ceifadas precocemente. Sangue e destruição, choro e desespero, tristeza e desesperança.
Como, Senhor Jesus, encerrar, com a Igreja do Brasil, o Ano da Paz e olhar o mundo em guerra? Quão tristonho paradoxo! Necessitamos tanto de tua paz!
Como nos preparar para a tua chegada, no Natal, sabendo que tantas famílias estão em luto ou perderam tudo que tinham? É desalentador!
Ensina-nos, Jesus! Ensina-nos a conviver como irmãos.
E dá-nos a graça de nunca duvidar de Ti. A graça de acreditar que tua misericórdia há de alcançar cada irmão desamparado. A certeza de que o amor que ensinaste é mais forte que tudo e sempre será o maior mandamento para quem almeja a paz, a justiça e a santidade.

Amém.
Luisa Garbazza

Publicação do Jornal "PARÓQUIA" - da Paróquia N. S. do Bom Despacho. Dezembro de 2015

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