Início
de mais um ano litúrgico.
Estamos
vivendo, mais uma vez, o tempo do Advento: tempo de espera e preparação para a
chegada de Jesus Salvador.
Todos
os olhares se voltam para os símbolos que marcam essa data, às vezes tão contraditória!
De
um lado, deparamo-nos com uma sociedade consumista e materialista. Ali os
olhares se voltam para o brilho ofuscante das luzes; para as lojas repletas de
pessoas disputando o melhor presente; para as festas, cada vez mais
sofisticadas; para o barulho que preenche o ambiente.
Do
outro lado, buscando o real sentido do Natal, nossos olhares – e todo o nosso
ser – se voltam para a Coroa do Advento que compõe o cenário de nossas igrejas;
para as leituras que nos levam a meditar e a preparar o coração para a chegada
de Jesus; para a simplicidade dos presépios que vão sendo montados nos templos;
para a alegria verdadeira que preenche o corpo, penetra na alma e serena o
Espírito.
Duas
realidades extremas, que deveriam ser olhadas com os mesmos olhos: a mesma
simplicidade de coração que norteia nossas atitudes e sentimentos para esperar
o Menino Jesus deveria marcar também nossa vida em sociedade.
De
que adianta passar momentos de espiritualidade na igreja e não tomarmos
consciência do irmão que está ao nosso lado, carente de afeto e de pão?
De
que adianta abrir os olhos para Jesus Eucarístico em nossos altares e fechá-los
para Jesus presente no irmão necessitado, nas pessoas tristes, solitárias, sem
esperança?
Da
mesma forma, de que adianta um Natal de pompas, de muito brilho, presentes e
mesas fartas, se a alma está vazia, e o coração, incapaz de perceber as
misérias de tantos irmãos que sequer tem um pedaço de pão para comer.
De
que adianta fazer dessa data um dia de muita festa e esquecer-se do nascimento
do Filho de Deus?
Quisera
eu, Senhor!
Quisera
que o Natal acontecesse, verdadeiramente, no coração de cada ser humano, em
todos os cantos do planeta.
Quisera
eu que houvesse mais flores na alma de cada pessoa, para embelezar a vida e
provocar risos de paz e de alegria.
Quisera
que o Natal, mais que um dia de festa, fosse o prenúncio de uma era de paz e
harmonia entre todos os seres vivos e a casa-mãe que nos acolhe.
Que
a chegada do Menino Deus nos motivasse a viver – um pouco mais a cada dia – a
mensagem que Ele veio trazer ao mundo: mensagem de fé, esperança e caridade.
Assim,
com a alma leve e o coração transbordando amor, poderemos dizer com sinceridade
e convicção: “Feliz Natal, meu irmão!” “Feliz Natal, minha irmã!”
Luisa Garbazza
Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia Nossa Senhora do Rosário - dez. 2015
Bela cronica, parabens feliz natal para toda familia!
ResponderExcluirObrigada, Lúcia!
ResponderExcluirUm feliz Natal para você também, com muita luz em seu coração e em sua família.
Beijos.