terça-feira, 23 de junho de 2015

Quem sou eu?

Sou gente importante, capaz, imprescindível?
Sou inteligente, eficaz, tangível?
Pessoa de destaque, insubstituível?
Com mente privilegiada, sensível?
O tempo se encarrega de responder:
Não sou nada. Não sou ninguém.
Sou verme, indigno de viver.
Reles mortal pelo mundo além,
lutando para sobreviver.
Estou passando pelo mundo.
Amanhã? Onde estarei?
Chega o fim da existência
e para sempre calarei.
Deixo o mundo, deixo a vida,
só Deus sabe para onde irei.
Nesse mundo conturbado,
onde todos querem o poder
Mais vale a vida tranquila
o jeito humano de ser;
ter mente que não vacila,
para o bom senso não perder;
deixar de lado o egoísmo,
o orgulho e a ganância
que valoriza tanto o ter.
Vivamos para ser bem quisto:
o outro é sempre o irmão,
pois somos todos de Cristo,
pisamos o mesmo chão.
E quando minha hora chegar,
depois da jornada da existência,
como vou me apresentar
à Divina Providência?
Para o que quero encontrar,
preciso buscar minha essência.
Ser mais simples, viver para amar,
buscar da vida a ciência.
Diante do humilde me ajoelhar,
com todo amor e bondade,
para poder Jesus abraçar,
e glorificar por toda a eternidade.
Luisa Garbazza
23 de junho de 2015

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