sexta-feira, 24 de abril de 2015

Servos de Deus

Seguindo o exemplo de Jesus, nossa missão aqui na terra é a mais sublime: viver a serviço do outro. Jesus viveu assim. Esqueceu-se da própria vida e doou-se inteiramente à humanidade. Passou por este mundo fazendo o bem: curou doentes, perdoou pecados, acolheu as crianças, lavou os pés dos apóstolos, consolou as mulheres, deu pão a quem tinha fome, ensinou-nos a pedagogia do amor incondicional a Deus e aos irmãos como o maior dos mandamentos. Assim somos convidados a viver: fazendo o bem e colocando-nos a serviço do outro.
Com esse objetivo, a Campanha da Fraternidade de 2015 vem nos lembrar das palavras de Jesus: “Eu vim para servir.” Frase que Jesus disse a seus discípulos. Ele viveu servindo e, na última ceia, pôs-se novamente a serviço lavando os pés dos discípulos. Depois, convidou-os a imitar seu exemplo. E é esse o convite que Jesus nos faz hoje: servir a Deus através do serviço aos mais necessitados, da atenção aos mais pobres, da luta pelo bem comum e pela justiça social. Esse é o dever de todo cristão católico.
“Eu vim para servir.” E eu vejo os sacerdotes dedicando a própria vida em favor da evangelização dos povos. Estão continuamente a serviço do outro, acolhendo, aconselhando, perdoando os pecados em nome de Deus, ministrando sacramentos...
“Eu vim para servir.” E os fiéis leigos estão presentes nas pastorais, visitando famílias e atendendo aos anseios e às necessidades de tantos irmãos; na catequese, evangelizando e preparando crianças, jovens e adultos para receberem os sacramentos; nas equipes de Liturgia, que tão bem preparam as celebrações; nos ministérios de música que colocam os dons a serviço; e tantos outros.
“Eu vim para servir.” E encanto-me com as crianças que se oferecem para servir na função de coroinha. Outro dia, encantei-me, mais ainda, quando me deparei pela primeira vez com dois deles, bem novinhos. Durante a procissão de entrada, não pude percebê-los nitidamente, mas quando passaram para o presbitério, quase soltei uma exclamação em alta voz, que veio, sim, no silêncio do coração. Eram muito pequenos. Por detrás do altar, a assembleia via apenas olhos muito atentos e cabelos. Pensei que estivessem apenas aprendendo, no entanto, no momento certo, lá estavam eles, desempenhando com desenvoltura aquele papel. As mãos pequenas seguravam os objetos litúrgicos com atenção e firmeza e serviam ao padre com a simplicidade própria das crianças. Os pés se elevaram, com sutileza e graça, para que pudessem alcançar o altar. Marco Antônio e Ruan Pablo, dois servos de Deus, duas almas puras e generosas. Estão aprendendo, desde cedo, a melhor maneira de viver: servindo a Deus e aos irmãos.
         “Eu vim para servir.” E todos nós precisamos nos silenciar para ouvir a voz do Criador a indicar o melhor caminho. Cada um com seu dom, todos têm a oportunidade de fazer o bem e exercer uma função na engrenagem que faz girar essa grande roda que dá sentido à vida: a Igreja de Cristo. 
Luisa Garbazza

Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Abril de 2015

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