Seguindo o exemplo de Jesus, nossa missão aqui na
terra é a mais sublime: viver a serviço do outro. Jesus viveu assim.
Esqueceu-se da própria vida e doou-se inteiramente à humanidade. Passou por
este mundo fazendo o bem: curou doentes, perdoou pecados, acolheu as crianças,
lavou os pés dos apóstolos, consolou as mulheres, deu pão a quem tinha fome, ensinou-nos
a pedagogia do amor incondicional a Deus e aos irmãos como o maior dos
mandamentos. Assim somos convidados a viver: fazendo o bem e colocando-nos a
serviço do outro.
Com esse objetivo, a Campanha da Fraternidade de 2015 vem nos lembrar
das palavras de Jesus: “Eu vim para servir.” Frase que Jesus disse a seus
discípulos. Ele viveu servindo e, na última ceia, pôs-se novamente a serviço
lavando os pés dos discípulos. Depois, convidou-os a imitar seu exemplo. E é
esse o convite que Jesus nos faz hoje: servir a Deus através do serviço aos
mais necessitados, da atenção aos mais pobres, da luta pelo bem comum e pela
justiça social. Esse é o dever de todo cristão católico.
“Eu vim para servir.” E eu vejo os sacerdotes dedicando a própria vida
em favor da evangelização dos povos. Estão continuamente a serviço do outro,
acolhendo, aconselhando, perdoando os pecados em nome de Deus, ministrando
sacramentos...
“Eu vim para servir.” E os fiéis leigos estão presentes nas pastorais,
visitando famílias e atendendo aos anseios e às necessidades de tantos irmãos;
na catequese, evangelizando e preparando crianças, jovens e adultos para
receberem os sacramentos; nas equipes de Liturgia, que tão bem preparam as
celebrações; nos ministérios de música que colocam os dons a serviço; e tantos
outros.
“Eu vim para servir.” E encanto-me com as crianças que se oferecem para
servir na função de coroinha. Outro dia, encantei-me, mais ainda, quando me
deparei pela primeira vez com dois deles, bem novinhos. Durante a procissão de
entrada, não pude percebê-los nitidamente, mas quando passaram para o
presbitério, quase soltei uma exclamação em alta voz, que veio, sim, no
silêncio do coração. Eram muito pequenos. Por detrás do altar, a assembleia via
apenas olhos muito atentos e cabelos. Pensei que estivessem apenas aprendendo,
no entanto, no momento certo, lá estavam eles, desempenhando com desenvoltura
aquele papel. As mãos pequenas seguravam os objetos litúrgicos com atenção e
firmeza e serviam ao padre com a simplicidade própria das crianças. Os pés se
elevaram, com sutileza e graça, para que pudessem alcançar o altar. Marco
Antônio e Ruan Pablo, dois servos de Deus, duas almas puras e generosas. Estão
aprendendo, desde cedo, a melhor maneira de viver: servindo a Deus e aos
irmãos.
“Eu vim para servir.” E todos nós precisamos nos silenciar para ouvir a
voz do Criador a indicar o melhor caminho. Cada um com seu dom, todos têm a
oportunidade de fazer o bem e exercer uma função na engrenagem que faz girar
essa grande roda que dá sentido à vida: a Igreja de Cristo.
Luisa Garbazza
Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Abril de 2015
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