sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Essa Língua Portuguesa!...



Essa mania do brasileiro dizer uma coisa e escrever outra ganha mais intensidade a cada dia. Consequentemente, também ganha intensidade a dificuldade de dominar essa língua tão complexa. Já dizia Carlos Drummond de Andrade: O português são dois; o outro, mistério.
A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender”, essa que aprendemos no dia a dia, é muito diversificada. Vários fatores influenciam direta ou indiretamente na composição do vocabulário de uma pessoa. São fatores sociais, culturais e regionais, definindo o falar de cada um. Aprendemos uma “língua” diferente na família, outra na rua e outra na escola. E diversificamos essa aprendizagem com a chegada da adolescência. São gírias, neologismos, palavras estrangeiras, pedaços de palavras, tudo vale para facilitar a comunicação. – Outro dia ouvi a frase: “Se pá, rola.” – Que língua é essa?
 A linguagem na superfície estrelada de letras”, aquela que aprendemos nos livros, na escola, essa não é tão fácil assim. Poucos a dominam em sua totalidade. O próprio Carlos Drummond de Andrade revelou em uma entrevista que não passava um dia sem consultar o dicionário. Imaginemos nós, “meros mortais”? Precisamos estar em constante treinamento. Ler muito. Escrever sempre. E estudar. Aos poucos vamos aprendendo a respeitar as normas de escrita, tão necessárias em qualquer profissão.
Assim, diante dessas duas línguas iguais, mas tão diferentes, o importante é saber adequar o uso de cada uma às circunstâncias impostas pela vida. Podemos, sim, empregá-las, porém respeitando as regras de convivência. Podemos diversificar a linguagem oral de acordo com o local em que nos encontramos e as pessoas que participam da conversa, todavia, precisamos nos esmerar na linguagem escrita para sermos bem entendidos por nossos leitores.
Para isso, precisamos estar atentos com algumas palavras ou expressões que parecem iguais. Na fala, às vezes, passam sem ser notadas; mas, na escrita, são muito diferentes.
Eis alguns exemplos que podem ajudar bastante na produção de qualquer tipo de texto:
Mais – mas
Mas é conjunção. Introduz uma ideia contrária, adversa:
Ele tem muitos livros, mas não gosta de ler.
Mais é advérbio. Indica intensidade.
Sempre que viaja, ele compra mais livros.
De mais – demais   
De mais – se opõe a de menos. Havia livros de mais naquela estante.
Demais – é advérbio de intensidade equivalendo a muitos ou pronome indefinido equivalendo a os outros, os restantes. Ele lê demais. Escolheu um livro para ler e guardou os demais.
Onde – aonde – Pronomes relativos. São empregados apenas para indicar lugar.
Onde – estático, sem movimento. Esta é a estante onde coloco meus livros.
Aonde – indica movimento, destino. Ele disse aonde vai comprar aquele livro?
Registro das horas
Para fazer o registro de hora certa abreviada, siga os exemplos:
11h – 11h30min – 11h30
Não coloque ponto (11h., 11h.30min.), nem dois pontos (11:30).
Muito bem, aos poucos vamos dominando as artimanhas dessa língua complicada, porém belíssima e cheia de possibilidades. E lembre-se de que a melhor dica é sempre a leitura. Quem lê muito tem mais facilidade ao lidar com as palavras e escreve bem melhor.
Portanto, “leia mais”.
Luisa Garbazza

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