sexta-feira, 4 de abril de 2025

"Ide ao encontro do Senhor!"

 


Sexta-feira, 14 de março do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2025. Esse dia ficou marcado em nossa paróquia pela realização da Peregrinação Comunitária "Ide ao encontro do Senhor!", celebração significativa do ano santo do Jubileu da Esperança. Com a presença de um número expressivo de fiéis, oriundos das quatro paróquias de nossa cidade, reunimo-nos em frente à porta principal da Matriz, onde foram celebrados os ritos iniciais.

Era uma tarde de sol forte e causticante. As pessoas se aglomeravam aqui e ali, buscando alguma pontinha da sombra de alguma árvore. Muitos permaneceram sob os raios do sol. Naquele momento, não importavam os efeitos climáticos e sim o propósito de se aproximar um pouco mais de Deus, em vias de receber indulgências pelas culpas devidas por causa de nossos pecados. Padre Renato conduziu-nos, para que, tocados pelo Espírito Santo, pudéssemos participar da celebração com a fé renovada e com a certeza da misericórdia de Deus. Em seguida, convidou-nos para que fizéssemos a peregrinação até o interior da igreja, ao encontro do Senhor. Logo na entrada, cada um pôde fazer a persignação com a água benta, o que se deu em clima de calmaria e muita espiritualidade.

Já no interior da igreja, iniciaram-se as orações próprias do momento orante.  Tivemos a leitura do evangelho do dia, a contemplação eucarística, a reza do Rosário, o exercício da Via-Sacra e as orações pelas intenções do Papa. Foram mais de duas horas de oração, marcadas pelo silêncio interior e pela participação ativa nas atividades espirituais. Nem o cansaço, nem o calor extremo – principalmente no momento da Via-Sacra, em que foram desligados os ventiladores por causa das velas acesas -, nem o suor que escorria por nossos rostos e molhava-nos a roupa, nada fez com que desanimássemos, nos distraíssemos ou perdêssemos a fé.

Agradecemos a Deus por esses momentos sublimes de fé e sacrifício, que nos prepararam espiritualmente para receber as indulgências do ano santo do Jubileu da Esperança. Com o corpo cansado, talvez, mas com o coração pleno e a alma leve, recebemos a bênção de Deus, pelas mãos do Padre Renato, e encerramos nossa peregrinação. Para merecermos as indulgências, ainda vamos precisar da confissão, da comunhão eucarística e de um ato de misericórdia, o que faremos com muita seriedade e alegria.

Deus seja louvado!

Luisa Garbazza

Abril - 2025

                                                                                                                                  


sábado, 1 de março de 2025

Lá vai Francisco...

 Luisa Garbazza


Lá vai Francisco pelo caminho...

Como papa, o nome primeiro.

De rosto suave, semblante leve,

sorriso puro e verdadeiro.

 

Lá vai Francisco pelo caminho...

Da Igreja, o bom pastor.

De sorriso aberto; do irmão, bem perto!

Coração cheio de amor.

 

Francisco segue seu caminho,

tão desprovido de vaidade!

Dá o exemplo, opina e nos ensina

a paz, o amor, a caridade.

 

À frente da Igreja, lá vai Francisco,

acolhendo a todos, tal qual Jesus Cristo.

Abraça o pobre, o sofrido; vale o oprimido,

torna-se amigo, admirável, benquisto.

 

De passos firmes, lá vai Francisco...

E se alguém ousa fazê-lo desistir,

busca sabedoria, apega-se com Maria,

encontra forças para persistir.

 

Lá vai Francisco, pelo caminho...

Já cansado, não desiste de sua cruz.

Segue na peleja, sustenta a Igreja,

fiel aos ensinamentos de Jesus.

 

Caminha, Francisco, caminha!

É o que pedimos em oração.

Confie na vontade do Deus de bondade,

em cujas obras há sublime perfeição.

 

Luisa Garbazza

1º de março do ano de 2025

Singela homenagem ao Papa Francisco


terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Cultivar e guardar a Criação

 


No princípio, Deus criou o céu, a terra e as águas. Criou na terra as plantas e os animais; no mar, uma multidão de seres vivos; e aves no céu. Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança para reinar sobre todos os seres criados. “Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.” (Gn 1,31)

Assim começou a história da humanidade. Tudo muito bom! Perfeição divina. Mas o homem não soube cuidar como deveria. Aos poucos, foi virando as costas para Deus e usando os bens naturais à revelia. A Igreja católica, no Brasil, sempre preocupada com a questão ecológica, convida-nos, mais uma vez, em comunhão com o Papa Francisco, a refletir sobre a necessidade de salvar o planeta. Para isso somos convocados a viver a Campanha da Fraternidade 2025 com o tema: Fraternidade e Ecologia Integral, e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

Em preparação para essa campanha, a Diocese de Luz realizou um encontro de formação no dia 26 de janeiro. Foram momentos de muito aprendizado, em que fomos induzidos a refletir sobre nossa responsabilidade de cuidar da Mãe Natureza, nossa casa comum, e da nossa relação com Deus e com a sociedade. Fomos convidados, a partir do estudo da realidade, a fazer a nossa parte para proteger a natureza, refletindo sobre o “Cântico das criaturas”, de São Francisco de Assis, um poema que nos remete ao início, ao momento da criação em que “Deus viu que tudo era muito bom”.

Sabemos que “A natureza geme em dores de parto” (Rm 8,22) – já nos dizia a Campanha da Fraternidade 2011. Portanto o convite agora é feito a todos nós, filhos e filhas de Deus. O pouco que cada um puder fazer é de suma importância para a saúde do planeta, pois tudo está interligado.

Assim, conscientes de nossa missão, não sejamos omissos. Caminhemos com coragem, contando com a presença e a bondade de Deus e rezando, com a oração da Campanha da Fraternidade: “Que o teu Espírito Santo reacenda em nós a consciência da missão que de ti recebemos: cultivar e guardar a Criação, no cuidado e no respeito à vida”.

Luisa Garbazza

sábado, 25 de janeiro de 2025

Carta - Homenagem ao "Dia do carteiro"

 


Bom Despacho, 25 de janeiro de 2025

Olá, você!

Como vai a vida neste dia?

Hoje é o “Dia do Carteiro”. Lembrei-me da minha época de adolescente e jovem, quando se usava enviar cartas. Como era prazeroso escrever uma carta para alguém! A escrita em si já era algo muito especial: preparar a folha de bloco – própria para carta –, um lápis bem apontado ou uma caneta, um lugar apropriado, longe do barulho e do trânsito de pessoas. Enquanto trazíamos à mente a pessoa para a qual escrevíamos, o pensamento ia longe, e a mão ia registrando as palavras, as notícias – boas ou tristes – que queríamos transmitir.

O carteiro era a visita mais esperada. Cartas... muitas cartas... cartas de parentes, de amigos, conhecidos e desconhecidos, cartas de amor, de alegria, mas também de tristeza, cartas de amizade, cartas que iam e vinham em um vaivém sem fim.

Por ser o “Dia do Carteiro”, resolvi escrever esta carta que expressa meus sentimentos e minha euforia com essa prática tão esquecida. Sentimentos de alegria ao pensar que alguém irá ler esta carta e se lembrar de mim, mesmo que não me conheça.

No ensejo de me comunicar com alguém, por meio de uma carta, lembrei-me de tantas pessoas que preenchem um espaço em minha vida, em meus pensamentos; que me ensinam, caminham comigo, às vezes de longe; pessoas que fazem a diferença em meus dias.

Aproveito esta carta para demonstrar minha gratidão a cada um. Obrigada, você, que parou alguns instantes para ler estas linhas. Obrigada pela parcela de bem que recebo por seu intermédio. Obrigada pelos momentos de convivência, pelas conversas, pelos ensinamentos, por ter cruzado a linha de minha vida. Obrigada por fazer parte da minha lista de pessoas importantes e por me proporcionar o prazer desta escrita.

Quando ler minha carta, espero que esteja bem e, tal qual essa amiga ao escrevê-la, sinta-se feliz.

Deus abençoe você, com bênçãos de paz e alegria, amor e esperança.

Abraço bem grande.

Sua amiga,

      Luisa Garbazza


(Homenagem a todos os carteiros, que, ainda hoje, visitam nossos lares.)


sábado, 11 de janeiro de 2025

 


Como é bom começar algo novo! Novos planos, novos projetos, novas expectativas. É o que geralmente vivemos no início de cada ano. Como o mitológico deus Jano, lançamos um olhar para os dias vividos – com saudade ou com alívio – e um olhar – com brilho de esperança – para o que há de vir. Essa esperança se torna ainda mais palpável quando a motivação é a presença do Deus Menino, nascido entre nós. É nele que cremos e nos espelhamos para caminhar, com mais leveza, rumo ao novo ano.

Jesus, o Filho de Deus, nascido de Maria, adotado por José. Estava assim formada a família, santa, sagrada, que viveu na simplicidade e tornou-se modelo para cada família aqui na terra. É linda, emocionante e às vezes triste a trajetória dessa família: a obediência, a entrega e o amor de Maria; a submissão, a fé e a humildade de José; a presença divina e humana do Menino Jesus. Juntos driblavam as intempéries. “E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.” (Lc 2:52)

Em cada passo dessa família, um motivo para nossa reflexão, uma atitude a ser imitada. Mesmo diante dos reveses, a confiança nos planos de Deus – ainda que sem entendê-los –, a obediência, a vida em harmonia, a sublimação da fé. Contemplemos a suavidade no rosto de Maria, a figura paternal de José, a serenidade no olhar do filho. Com o olhar da fé, percebemos que havia ali uma atmosfera mais divina que humana. E ainda há. Assim o acreditamos quando invocamos a Sagrada Família de Nazaré.

Em 2025, a Sagrada Família seja nosso modelo, nossa inspiração para bem viver. Cada dia seja vivido com o propósito de nos aproximarmos mais de Deus. Assim, conformados em Cristo, deixemos transbordar em nós a esperança em dias melhores. Façamos nossa parte e esperemos um mundo melhor, onde, motivados pelo Jubileu da Esperança, vivamos todos como uma grande família: a de filhos e filhas de Deus, irmãos em Cristo. Sob o olhar de São José e sob o manto da Virgem Maria, nossa Mãe, os passos serão mais leves, e encontraremos o sentido da vida.

Luisa Garbazza

Janeiro 2025