
De segunda (dia 12) a sexta (dia 16), além da Santa Missa, às 6h da
manhã, e o Terço da Misericórdia, às 15h, tivemos atividades culturais e
religiosas à noite. Foram momentos bem vividos que muito nos enriqueceram, nos
alegraram e nos aproximaram de Deus. Um desses momentos, acontecido na
segunda-feira, a partir das 20h, foi o Terço Mariano Itinerante, organizado
pela equipe do Terço dos Homens, com a presença das famílias e da comunidade.
Já de início, pudemos perceber a presença de Deus na alegria e na
disponibilidade dos que organizavam o ambiente. Na praça, em frente à capela,
foi montado o som, um pequeno altar e uma arquitetura interessante, um pouco
elevada do chão e inclinada, com o formato do terço. As contas eram pequenos
anéis. A cruz encerrava – ou iniciava – a obra de arte.
Em breve foi aumentando o número daqueles que se aproximavam para rezar,
agradecer a Deus pela presença de Maria em nosso meio e elevar súplicas aos
céus. O Alan começou o momento de oração. Voz firme e tranquila, promoveu um
instante de concentração e sintonia com Deus, fez o oferecimento do terço e
convidou a todos para se recolher em preces. Em cada mistério, Alan elevava a
voz aos céus implorando proteção aos mais necessitados. E encerrava invocando a
Mãe de Deus em seus mais diversos títulos. A entusiasmada turma do canto, com
hinos belíssimos dirigidos a Maria, nossa mãe do céu, alegrava-nos e emocionava-nos
ao mesmo tempo.
Com uma didática muito inclusiva, os coordenadores foram escolhendo
pessoas para rezar o início do terço e o primeiro mistério: uma pessoa para o
Pai-nosso e uma para cada Ave-Maria. A assembleia respondia a Santa-Maria. A
cada pessoa indicada, foi entregue uma rosa. Quando terminava de rezar,
encaminhava-se à frente e colocava a rosa nos anéis do terço montado em frente
à capela. Depois foram convidando pessoas para o mistério seguinte. Após a
oração de cada um, Padre Mundinho foi organizando os fiéis para montar outro
terço, agora com pessoas. As tochas acesas faziam a separação dos mistérios.
Tudo isso sem perder o espírito de recolhimento e oração.
Cada mistério com flores de cores diferentes, o terço foi tomando forma
e adquirindo beleza. Mas a beleza maior estava na manifestação de fé das
pessoas que ali estavam e participavam da oração:
na boa vontade de quem segurava a rosa para oferecer a Maria;
na voz de quem elevava aos céus sua oração;
no olhar de súplica que denunciava a prece que trazia no coração;
na emoção da criança que rezava à Mãezinha do céu;
na piedade de alguns homens que se ajoelhavam para rezar a ave-Maria,
sem se importar com a aspereza do asfalto;
na humildade da fala entrecortada pela emoção e pela debilidade do
corpo;
no silêncio da voz que não veio, embargada pela emoção;
na solidariedade de quem serviu de Cirineu;
no sentimento que não consegui conter no peito e que se converteu em
lágrimas.
Após o terço, em um gesto concreto de fé, um grande manto foi passado
por cima de cada pessoa ali presente simbolizando a proteção de Maria, a
medianeira de todas as graças: “Cubra-nos com seu manto de amor. Guarda-nos na
paz desse olhar”.
Luisa Garbazza
Publicação do Jornal Paróquia N. Senhora do Bom Despacho
Outubro - 2016
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