segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Evangelho do amor

     Compadecido com o sofrimento do seu povo, Deus enviou seu filho ao mundo para a redenção da humanidade. Jesus deu exemplo de obediência, sabedoria, força e misericórdia. Durante sua vida pública – curta, porém muito fértil –, Jesus pregou o evangelho do amor, em que prevalece o amor a Deus e ao próximo, a obediência e a humildade, a misericórdia e a fé incondicional. E, no final de sua vida terrena, pediu aos discípulos que imitassem seus passos e ensinassem seu evangelho a todas as criaturas.
     A primeira que absorveu os ensinamentos de Jesus e os adotou para si foi a Virgem Maria. Ela, que foi a escolhida para ser a mãe do Salvador, cumpriu seu papel com fidelidade, apesar das dores e sofrimentos que essa missão lhe custou. Depois da morte de seu filho, Maria juntou-se aos apóstolos para ajudá-los a espalhar a boa nova do Ressuscitado. A mãe de Jesus, que, aos pés da cruz, tornou-se “Mãe da Humanidade”, ajudou a difundir o evangelho de seu filho pregando a máxima do “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. Pela obediência a Deus e pela vida de santidade, Maria foi coroada “Rainha do Céu e da Terra”. Por isso, está sempre atenta, ouvindo nossas preces, intercedendo por nós. Com uma riqueza de títulos, invocados em todos os cantos do mundo, Maria é o nosso perpétuo socorro, nos momentos de aflição, e nossa glória nos momentos de ação de graças.
     Nesse sentido, a história da humanidade depois de Cristo, é permeada pela presença de homens e mulheres de bem que doaram a vida em favor dos mais necessitados, pobres e oprimidos. Viveram fielmente os ensinamentos de Jesus, alcançaram graça diante de Deus e dos homens e foram declarados santos. Hoje, vivem em nossos altares e intercedem por nós. São os nossos santos de devoção. 
     Nos tempos atuais, temos o privilégio de vivenciar o processo de beatificação e canonização de vários santos. São filhos e filhas de Deus que se entregaram à prática do bem e à vida de simplicidade ensinada pelo Mestre Jesus. São os que conseguiram viver com mansidão e humildade de coração. Para merecer essa glória, além da vida de santidade, a Igreja aguarda a comprovação de um milagre recebido por tal intercessão. Isso mostra que realmente a pessoa está em estado de graças diante de Deus.
     Neste mês de setembro, temos a alegria de ver declarada santa a missionária Madre Teresa de Calcutá. Ela, que nasceu em 1910 em Skopje, território albanês, atualmente capital da Macedônia, e morreu em 1997 em Calcutá, na Índia, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979 por sua atuação missionária. Em sua peregrinação por esse mundo, fez de sua vida uma completa doação e ia a toda parte para servir Cristo nos mais pobres e oprimidos, nos doentes e esquecidos, nos feridos e abandonados. 
     A missionária Madre Teresa nos deixou, além de seu exemplo de vida santa, muitas palavras que nos levam a meditar sobre o sentido da vida. Todas nos ajudam a perceber que estamos neste mundo para fazer o bem com alegria e confiança no Todo-poderoso. Como exemplo: “A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.” 
     Madre Teresa de Calcutá será canonizada no dia 4 de setembro de 2016. O Papa Francisco aprovou o milagre – cura inexplicável de um homem em Santos (SP), em meados de 2008 – atribuído à intercessão da madre, beatificada por São João Paulo II em 2003. Será mais uma santa em nossos altares. 
     Aproveitemos o exemplo de Maria – e dos santos e santas de Deus – para direcionar nossos passos. Seja qual for nossa caminhada, o que importa é viver como irmãos, com simplicidade, humildade, misericórdia, buscando as coisas do alto e espalhando paz, amor e fé por onde andarmos.

Luisa Garbazza
Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia N. S. do Rosário - setembro de 2016

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