A vida é um sopro divino. E como tal, torna-se indispensável a presença do
Espírito Santo em tudo que fazemos, pensamos, falamos... Deus tem um propósito
para cada um de nós aqui na terra e cabe a nós realizá-lo da melhor forma
possível. Seja qual for nossa missão, o objetivo maior é a nossa santificação.
Por isso precisamos crescer na fé um pouco mais a cada dia e buscarmos os
caminhos do Senhor.

Ao colocarmos em prática essas palavras, enfrentamos muitos obstáculos.
Nem sempre sabemos se estamos fazendo a coisa certa, ou se as pessoas estão
entendendo nossos propósitos. E nem sempre conseguimos entender os propósitos
das outras pessoas. Por isso, achei tão significativa uma frase que ouvi do
Padre Reginaldo em seu programa matinal: “A
santidade passa pelas segundas intenções.” Sim. O que importa não é o que
fazemos ou falamos, mas a intenção que colocamos em nossas palavras e obras.
Qual é a segunda intenção quando se está a serviço da Igreja por exemplo.
Apenas aparecer? Mostrar que sabe mais que os outros? Fazer cara de santo?
Viver de aparência? Ou, realmente, por trás dessas atitudes, há um coração
contrito, uma alma voltada para Deus? Foi Jesus mesmo que nos alertou ao dizer:
“Nem todo aquele que me diz: Senhor,
Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai
que está nos céus.” (Mt 7,21)
“Nas estradas do mundo rumo ao céu”,
somos convidados a nos tornar servos, a estar sempre disponíveis, a nos colocar
a serviço. Isso reforçado pelos apelos do Papa Francisco: ir ao encontro do
irmão, esteja ele onde estiver. Quanto mais isolado o irmão, mais necessitado
está de nossa misericórdia.
Para conseguir a santidade, é preciso amar o irmão, tratá-lo com
misericórdia, seja quem for e onde estiver. É preciso compreender que Deus é
Pai de todos nós. É Pai dedicado e amoroso: não ama um filho mais que o outro.
Para Ele não importa se é rico ou pobre, se serve no altar, se lê bem ou sabe
escrever, tem dons artísticos; ou sabe varrer o templo, ajudar na organização,
carregar objetos; ou se consegue apenas rezar, intercedendo por todos. Para Ele
somos todos iguais e temos o mesmo valor. Inclusive os pecadores afastados da
religião, que ainda não encontraram o caminho para Deus. Aliás, também são
palavras de Jesus: “Digo-vos que assim
haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa
e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lucas 15:7)
Assim, neste ano da misericórdia, pensemos em nossas atitudes do dia a
dia. Qual a nossa segunda intenção? O que somos e fazemos - e sentimos de
verdade no coração – está servindo para nossa santificação? Vamos juntos, como
irmãos, fazendo a nossa parte e confiando na misericórdia de Deus que é Pai,
Filho e Espírito Santo. Amém.
Luisa Garbazza
Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia N. S. do Rosário
Junho de 2016
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