domingo, 3 de julho de 2016

Caminho para a santidade

A vida é um sopro divino. E como tal, torna-se indispensável a presença do Espírito Santo em tudo que fazemos, pensamos, falamos... Deus tem um propósito para cada um de nós aqui na terra e cabe a nós realizá-lo da melhor forma possível. Seja qual for nossa missão, o objetivo maior é a nossa santificação. Por isso precisamos crescer na fé um pouco mais a cada dia e buscarmos os caminhos do Senhor.
Nessa busca constante pela maturidade espiritual, estamos sempre querendo conhecer melhor o significado da Palavra de Deus. Lemos, ouvimos, meditamos. Para isso, qualquer meio é válido: a Bíblia, livros, revistas, televisão, internet, rádio e, o mais próximo de nós: o padre no altar.
Ao colocarmos em prática essas palavras, enfrentamos muitos obstáculos. Nem sempre sabemos se estamos fazendo a coisa certa, ou se as pessoas estão entendendo nossos propósitos. E nem sempre conseguimos entender os propósitos das outras pessoas. Por isso, achei tão significativa uma frase que ouvi do Padre Reginaldo em seu programa matinal: “A santidade passa pelas segundas intenções.” Sim. O que importa não é o que fazemos ou falamos, mas a intenção que colocamos em nossas palavras e obras. Qual é a segunda intenção quando se está a serviço da Igreja por exemplo. Apenas aparecer? Mostrar que sabe mais que os outros? Fazer cara de santo? Viver de aparência? Ou, realmente, por trás dessas atitudes, há um coração contrito, uma alma voltada para Deus? Foi Jesus mesmo que nos alertou ao dizer: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mt 7,21)
Nas estradas do mundo rumo ao céu”, somos convidados a nos tornar servos, a estar sempre disponíveis, a nos colocar a serviço. Isso reforçado pelos apelos do Papa Francisco: ir ao encontro do irmão, esteja ele onde estiver. Quanto mais isolado o irmão, mais necessitado está de nossa misericórdia.
Para conseguir a santidade, é preciso amar o irmão, tratá-lo com misericórdia, seja quem for e onde estiver. É preciso compreender que Deus é Pai de todos nós. É Pai dedicado e amoroso: não ama um filho mais que o outro. Para Ele não importa se é rico ou pobre, se serve no altar, se lê bem ou sabe escrever, tem dons artísticos; ou sabe varrer o templo, ajudar na organização, carregar objetos; ou se consegue apenas rezar, intercedendo por todos. Para Ele somos todos iguais e temos o mesmo valor. Inclusive os pecadores afastados da religião, que ainda não encontraram o caminho para Deus. Aliás, também são palavras de Jesus: “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lucas 15:7)
Assim, neste ano da misericórdia, pensemos em nossas atitudes do dia a dia. Qual a nossa segunda intenção? O que somos e fazemos - e sentimos de verdade no coração – está servindo para nossa santificação? Vamos juntos, como irmãos, fazendo a nossa parte e confiando na misericórdia de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Luisa Garbazza

Publicação do Informativo Igreja Viva 
Paróquia N. S. do Rosário
Junho de 2016



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