quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Em tudo, dai graças


Em tudo, dai graças
“Graças e louvores se deem a todo momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.”
É com essa saudação que muitos de nós, cristãos, nos aproximamos de Jesus Eucarístico. Mas nem sempre paramos para refletir sobre a grandiosidade dessas palavras. Da essência e, ao mesmo tempo, da amplitude de seu significado. Essa é a mais completa frase de louvor a Deus. Daí percebermos a importância e a necessidade de vivermos em constante ação de graças.
Dar graças a Deus por todas as maravilhas dessa natureza de riquezas tão intensas. Parar para analisar a imensidão de obras divinas inteiramente disponíveis para nós. São infinitas as possibilidades encontradas em cada pedacinho do universo que podem ser empregadas para o nosso bem-estar, nossa alimentação, cura de doenças, habitação, lazer e o que a imaginação puder conceber. Dá até para aproveitar um restinho da ternura de São Francisco de Assis em seu “Hino das criaturas”: “O céu, a terra, o mar, te louvam, Senhor./ Te louvam a flor, o fruto, o pão, te louvam, Senhor... / Te louvam Senhor. O sol, a lua, as estrelas, te louvam Senhor. / Te louvam o dia, a noite, a luz, te louvam Senhor... / Te louvam Senhor./  Num hino vibrante de glória e louvor / De um mundo que diz gratidão / Ao seu criador.”
Dar graças a Deus por nos ter criado dessa forma tão completa. Nós, seres humanos, uma máquina perfeita, magnífica, formada por uma infinidade de órgãos interligados que funcionam de forma só explicável por ser criação divina. Graças pelos olhos que miram e admiram a criação das mãos de Deus. Pela boca que nos permite agradecer e dignificar o nome do Senhor. Por braços e mãos que nos permitem servir, abraçar e se juntar em preces. Por pernas que nos levam ao encontro do irmão. Por um coração que nos permite tantos sentimentos profundos e edificantes, que se entristece e se alegra, e, que ama a Deus acima de todas as coisas.
Dar graças a Deus por termos nascido em uma família. Lugar de aconchego, de crescimento e de alegrias. Lugar de aprendizagem, de broncas, de brigas e de perdão. Lugar de oração ao “Papai do Céu”, de iniciação catequética e de crescimento na fé. Lugar de solidariedade, de amor ágape e de união, como bem traduziu o padre Antônio Maria em sua canção: “Até mesmo o céu desejou ser família/ para que a família desejasse ser céu./ Nela se faz a paz no ouvir, no falar,/ e na arte de amar, o amargor vira mel.” Como é bom ter a minha família, Senhor.
Dar graças a Deus também por ter nos criado a sua imagem e semelhança e, assim, termos a oportunidade de nos colocar a serviço do outro. Poder ver Cristo na pessoa do irmão e viver como Jesus viveu, amando e respeitando tudo e todos. Em cada momento de nossa existência, encontramos novas razões e novas oportunidades para louvar e bendizer ao nosso Criador, sempre, sempre.
Neste mês teremos a oportunidade de oficializar nosso hino de ação de graças. A quarta quinta-feira de novembro é o “Dia Nacional de Ação de Graças”.  Essa tradição começou em 1921, nos Estados Unidos, por um grupo de peregrinos ingleses, para agradecerem a Deus por uma abundante colheita, depois de muita dificuldade. E a data foi estabelecida pelo presidente Franklin Roosevelt, em 1939 – aprovada pelo congresso em 1941.
No Brasil, foi o embaixador Joaquim Nabuco que introduziu essa data, em 1949, concretizando um desejo de que “a humanidade se unisse, num mesmo dia, para um universal agradecimento a Deus”. Desde então, ano após ano, vem aumentando o número de pessoas que fazem deste, um dia de louvor e graças a Deus por todos os benefícios que Ele nos concede. “Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”                                                     Luisa Garbazza

* Esse texto foi publicado originalmente no jornal  "Paróquia N. S. do Bom Despacho" do mês de novembro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário