sábado, 3 de julho de 2021

Cristãos leigos e leigas

 


Prezados amigos, irmãos em Cristo, em sintonia com todos os cristãos, acompanhamos, no início do mês de junho, a 39ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) do organismo do Povo de Deus na Igreja no Brasil. Cerca de 209 cristãos leigos e leigas de todo o Brasil, organizados pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), participaram, de modo remoto, desse importante evento, que teve como tema: “Cristãos leigos e leigas em missão: respondendo aos novos desafios”.

O objetivo do encontro é incentivar a todos nós, cristãos leigos e leigas, a abraçar nossa missão na Igreja. Precisamos ter consciência de que também somos responsáveis – através do nosso sim, da doação do nosso trabalho, da nossa disponibilidade – por concretizar o apelo do Papa Francisco e ser presença no meio em que vivemos, ser Igreja “em saída”. Somos todos irmãos e irmãs em Cristo e, por isso, precisamos nos unir na luta de cada dia e viver a unidade na mesma fé e no mesmo Deus. É preciso caminhar, ter esperança em dias mais amenos, sem tanta desigualdade, lutando pela vida: nossa, de cada irmão e do planeta, nossa casa comum.

Pensando como paróquia, há muito a ser feito. Há espaço para todos, cada um com seus dons e carismas. Há espaço nas pastorais, grupos, serviços e movimentos, que existem única e exclusivamente para servir: a Deus e ao irmão. Para isso é preciso estar disponível, de corpo e alma, e cultivar uma vida de oração, alimento indispensável para a saúde espiritual.

 

Leigos a serviço

Na Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho, temos muitos leigos que reservam um pouco do seu tempo como doação para as coisas de Deus. Durante o ano todo, há muito trabalho a ser feito, mas, em algumas datas, o trabalho é mais intenso, como a Semana Santa, por exemplo. Tanto que algumas pessoas pensam que somos remunerados, conforme já fui abordada a respeito. Não sabem que a maior recompensa no trabalho gratuito é a graça de Deus.

Nesta crônica, no entanto, gostaria de abordar o trabalho da “Equipe do Cenáculo”, terminologia ensinada pelo Padre Antônio Otaviano. São as pessoas que cuidam do espaço celebrativo. Quem chega à igreja para as celebrações, não imagina o quão minucioso e cansativo é o trabalho feito nos bastidores. São muitas horas de doação, na alegria e na gratuidade, para ornar o espaço de acordo com o tema litúrgico. Além de embelezar a igreja, esses “arranjos” servem também para estimular nossa reflexão.

Muitas pessoas, em sua maioria mulheres, já passaram por essa equipe. Na lembrança, vêm-me as saudosas Elisa Mesquita e a Bárbara Silva. Entre nós, sem atuação, por causa da Covid, dona Aurora, dona Lúcia, Telma e outras. A dona Maria José, hoje já quase “aposentada”, dedicou a vida inteira a essa ocupação. Faz parte efetiva da história da paróquia.

Atualmente, à frente da “Equipe do Cenáculo”, temos a Adélia e a Maria Marta. Duas incansáveis na arte de ornar o espaço celebrativo. Quase todos os dias, lá estão elas, com suas habilidosas mãos, limpando, passando as toalhas dos altares, organizando flores, montando altares temáticos, oferecendo-nos belos motivos para nossos momentos de reflexão. São muitas horas de dedicação, de trabalho voluntário oferecido a Deus em prol de seus filhos e filhas. E tudo feito com esmero, com alegria e muito amor.

Tomara que o esforço dos leigos e leigas que se sentiram chamados a ocupar seus lugares nessa grande família, filhos de Deus, sirva de exemplo e motivação para outras pessoas experimentarem a satisfação de se pôr a serviço do outro, como o próprio Cristo nos ensinou: “Eu vim para servir e não para ser servido”. Assim podemos, todos nós, ir além e “sair para as veredas e encruzilhadas, como discípulos missionários”.

Luisa Garbazza

Julho de 2021

Publicação do jornal "Paróquia N. Sra. do Bom Despacho".



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