Nós, seres humanos, somos muito apegados às coisas concretas.
Muitas vezes, sentimos dificuldades em entender e aceitar os mistérios de Deus.
Somos todos um pouco “Tomé”: queremos ver, tocar, sentir. Por isso a caminhada
de fé é feita aos poucos, sem pressa, de acordo com o amadurecimento de cada um.
Nesse intuito, a Igreja católica celebra os “Sete
Sacramentos”, sete sinais sagrados instituídos por Jesus para salvar o homem:
Batismo, Eucaristia, Penitência, Crisma, Matrimônio, Ordem, Unção dos Enfermos.
Desde que nascemos, até nossa despedida deste mundo, estamos recebendo os
sacramentos para fortalecer nossa fé e sentir a presença de Deus, mais
concretamente, em nossa vida.
Além desses sete sinais sagrados, a Igreja Católica
instituiu os “sacramentais”, que são caminhos que conduzem à graça de Deus – por
exemplo a água benta, diversas bênçãos, velas – ajudando a santificar as
diferentes circunstâncias da vida. Eles despertam nos cristãos sentimentos de
amor e fé.
Um desses sacramentais é a imposição das cinzas na
Quarta-feira de Cinzas. Nesse dia, durante a Celebração Eucarística, o padre
sinaliza a fronte de cada fiel com cinzas – provenientes da queima dos ramos
abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior – umedecidas de água benta, proferindo a frase
“Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás.” ou a frase “Convertei-vos e crede
no Evangelho.”.
Esse é um dia de chamada à conversão. Somos
convidados a recordar o quão a vida é frágil e passageira. Somos chamados a uma
mudança de vida mais profunda, pautada nos ensinamentos de Jesus através dos
Evangelhos. A Igreja aconselha também que façamos jejum e não comamos carne,
com o propósito de tomar parte do sacrifício de Jesus.
Peçamos ao Espírito Santo
que nos envie o dom do entendimento, para que possamos entender melhor os
sacramentos e os sacramentais da Igreja. Assim podemos ver crescer, cada vez
mais, nossa fé nesse Deus todo-poderoso e a amar mais a Igreja instituída por seu
filho Jesus. É aí também que encontraremos forças para viver o dia a dia, a
despeito das adversidades, e a amar o nosso semelhante como Jesus nos ensinou.
Aproveitemos a Quarta-feira de Cinzas que se
aproxima e façamos essa experiência de fé com mais consciência e,
consequentemente, mais significado.
Luisa
Garbazza
Publicação do Informativo Igreja Viva
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