quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A prática do bem

Estamos vivendo – e vivenciando – o “Ano da misericórdia”. É um tempo de graça, para que possamos implorar a misericórdia de Deus. Deus está sempre disposto a nos acolher, a perdoar nossas faltas, a nos receber de volta. Isso porque Deus é bom o tempo todo e nos ama incondicionalmente. Depois que recebemos a graça de Deus, passamos a ser seus colaboradores e recebemos a missão de propagar o seu reino de amor e justiça. Somos convidados a difundir a prática do bem.
Precisamos fazer o bem ao nosso semelhante. Caminhar ao lado daqueles que necessitam de nosso auxílio, ajudá-los a trilhar as veredas da fé, superar obstáculos, anular pensamentos e atitudes que possam provocar o distanciamento de Deus, reinventar a vida cultivando os valores cristãos e dar testemunho da força do amor.
Da mesma forma, é necessário praticar o bem para com a casa que nos acolhe: o planeta. Este ano – 2016 – a Campanha da Fraternidade vem nos lembrar – mais uma vez – o quão urgente é o cuidado com o meio ambiente. “Casa comum, nossa responsabilidade”. A “casa” é de todos nós, portanto somos todos responsáveis por sua conservação. A campanha traz ainda o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca.” (Am 5, 24), para nos mostrar que todos somos filhos da mesma terra e herdeiros dela. Não dá para conviver indiferentemente com tanta injustiça, com a exploração das riquezas da terra para o enriquecimento de uma pequena parte da população. Defendendo os direitos das pessoas e lutando pela preservação do meio em que vivemos, estaremos também praticando o bem.
A Campanha da Fraternidade vai enfocar ainda a questão do saneamento básico. Existem tantos irmãos nossos vivendo em condições mínimas de higiene. Todos são igualmente filhos de Deus e têm o direito a uma vida digna. Estão necessitados de alguém que caminhe à luz da fé e interceda por eles e por todo o planeta, promovendo o bem e buscando políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa “Casa Comum”.
Entretanto, para cuidarmos do outro, precisamos, antes de tudo, cuidarmos de nós mesmos. Precisamos ver o que pode ser feito para que nos tornemos mais justos, mais responsáveis, mais dignos de sermos chamados “filhos de Deus”. Para ser filho de Deus, no significado pleno dessa expressão, é necessário muito mais que aparências. É preciso despojar-se de tudo que afasta do Pai: desamor, injustiça, egoísmo, falsidade. É preciso ser verdadeiro em tudo que se fala e faz. Aí, sim, estaremos preparados para praticar o bem, a nos tornar disponíveis, a nos alegrar com o progresso do outro, a andar de mãos dadas em busca de uma comunidade fraterna a caminho da santidade.
Portanto, ao analisarmos essas palavras, perceberemos que a prática do bem deve ser a marca de todo cristão. E é tão fácil viver fazendo o bem! Quando nos conscientizamos disso, torna-se natural dar testemunho do amor de Cristo, zelando pelos irmãos, valorizando a vida em quaisquer circunstâncias. A começar pela nossa própria vida.

Aproveitemos a Campanha da Fraternidade e o Ano da Misericórdia e façamos essa experiência. Veremos como a vida ficará mais leve. Assim seremos merecedores da misericórdia de Deus e podemos anunciar as graças incontáveis que ele nos concede a cada dia. Amém.

Luisa Garbazza
Publicação do Informativo Igreja Viva
Fevereiro de 2016

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