segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Esperançar sempre

 


Estamos chegando ao final do ano santo “Peregrinos de Esperança”. Feliz proposta do Papa Francisco, que nos exortou a lançar um olhar diferente para as coisas já criadas e buscar esperança de vida nova mesmo onde a secura já houver tomado conta. Lançar um olhar de fé, de amor e compaixão, aos moldes do olhar de Nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus fazia brotar esperança para os cegos, os coxos e oprimidos, os que estavam jogados na lama da sociedade, os que já haviam perdido a fé. Foram a esses que o Papa Francisco lançou seu olhar esperançoso. Em nome desses, convocou-nos a todos, sem distinção, para peregrinar rumo ao altar do Senhor, buscar as bênçãos de Deus, receber as indulgências e rumar por outro caminho, cheio de esperança e fé, ao encontro de Deus e dos irmãos.

Neste dezembro, preparando-nos para a despedida do ano santo, vamos nos aproximando também do Natal. Como é bom contemplar, com os olhos da fé, a luz que nos guia ao presépio. Deitado na manjedoura, vamos encontrar Jesus, nossa maior esperança. Ele vem para nos lembrar de nossa condição de filhos amados de Deus, que nos enviou seu filho para nos ensinar as maravilhas de seu reino. Ali está Ele: pobre, humilde e divino. Prostrados diante do presépio, sentimos que podemos renascer. Sentimos que a luz do presépio brilha também em nosso coração e que podemos fazê-la brilhar por onde formos; compartilhá-la com os que encontrarmos nos caminhos da vida.

Os caminhos da vida, às vezes são cheios de trevas, por isso a importância de não abrirmos mão da Luz verdadeira, a Luz de Cristo, que nos envia para sermos “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14). Nesse intuito, possamos aproveitar o que nos resta do ano santo para nos deixar iluminar por essa luz, que salva, liberta, restaura, prepara, dá força e direção para a caminhada. Assim, com a esperança renovada, podemos acolher, em amor e verdade, o Menino Jesus, que, da humilde manjedoura, nos lança um olhar de paz e nos faz acreditar que é preciso esperançar sempre.

Luisa Garbazza

Dezembro 2025


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