Curioso é perceber o
burburinho da cidade nos dias que antecedem as festas de fim de ano, em
especial, o Natal. O centro da cidade se transforma em um verdadeiro shopping a
céu aberto. Um vai e vem ininterrupto faz parte do cenário das calçadas, das
praças e das lojas, abarrotadas de artigos para todos os gostos. Celebrar as
festas torna-se a prioridade, mesmo entre os que não creem em Jesus. Para muitos,
o que importa é festa, fartura, presentes. Mas, para os que creem, Natal é
tempo de esperança.
Esperança é o que nós,
cristãos, vivemos neste tempo do Advento, em que preparamos o coração e o
espírito para a chegada do Deus Menino. Esperança na boa nova que ele nos traz.
Tempo de reflexão e maior espiritualidade. Assim, para melhor aproveitarmos
este tempo de preparação, a Igreja sempre nos oferece, na liturgia, as
passagens dos profetas, que, ainda hoje, são mensagens de vida e de esperança.
Em 2024, vivenciando este
período de espera para o nascimento de Jesus, temos dois motivos especiais de
esperança. O primeiro é abertura do Jubileu
da Esperança, que acontecerá dia 24 de dezembro. O Ano Santo começará no
dia 24 de dezembro de 2024 e terminará no dia 6 de janeiro de 2026. Este tempo
de graça vem do apelo do Papa Francisco para reacender a esperança em um mundo
marcado pela guerra, pelo desespero e pelo desafio das novas tecnologias:
"Diante de tantas formas do mal e
morte, devemos ser anunciadores e testemunhas de vida e de esperança".
O segundo motivo é a
celebração dos 80 anos de vida eterna do nosso saudoso Padre Júlio Maria De Lombaerde. Padre Júlio Maria viveu de
esperança, que frutificou em obras espirituais e temporais. Deixou-nos um
legado grandioso, tanto pelas congregações que fundou quanto por suas
construções, sempre visando o bem do próximo, especialmente os mais
necessitados, e a evangelização. Esse santo homem é, para nós, exemplo de
força, coragem, fidelidade a Deus, amor incondicional a Jesus Eucarístico e
devoção sublime a Maria. Modelo a ser seguido. Celebrar os 80 anos da partida
para o céu do “missionário que veio de longe” é ver crescer a esperança de tê-lo
reconhecido como santo não apenas por nós, seus devotos, mas também por toda a
Igreja de Cristo.
Neste tempo de Natal, portanto,
deixemos a esperança crescer em nós. Abramos o coração para receber Jesus e sua
mensagem de amor: “Eu vim para que todos tenham vida e para que a tenham em abundância”
(Jo 10,10). Feliz e santo Natal.
Luisa Garbazza
Dezembro 2024 – Jornal da Paróquia N. Sra. do Bom
Despacho
Bom Despacho - MG
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