sábado, 14 de dezembro de 2024

Nasce a esperança

 

Foto cedida pelo Pe. Matheus Garbazza, Paróquia N. Sra. da Conceição, Alto Jequitibá - MG

Curioso é perceber o burburinho da cidade nos dias que antecedem as festas de fim de ano, em especial, o Natal. O centro da cidade se transforma em um verdadeiro shopping a céu aberto. Um vai e vem ininterrupto faz parte do cenário das calçadas, das praças e das lojas, abarrotadas de artigos para todos os gostos. Celebrar as festas torna-se a prioridade, mesmo entre os que não creem em Jesus. Para muitos, o que importa é festa, fartura, presentes. Mas, para os que creem, Natal é tempo de esperança.

Esperança é o que nós, cristãos, vivemos neste tempo do Advento, em que preparamos o coração e o espírito para a chegada do Deus Menino. Esperança na boa nova que ele nos traz. Tempo de reflexão e maior espiritualidade. Assim, para melhor aproveitarmos este tempo de preparação, a Igreja sempre nos oferece, na liturgia, as passagens dos profetas, que, ainda hoje, são mensagens de vida e de esperança.

Em 2024, vivenciando este período de espera para o nascimento de Jesus, temos dois motivos especiais de esperança. O primeiro é abertura do Jubileu da Esperança, que acontecerá dia 24 de dezembro. O Ano Santo começará no dia 24 de dezembro de 2024 e terminará no dia 6 de janeiro de 2026. Este tempo de graça vem do apelo do Papa Francisco para reacender a esperança em um mundo marcado pela guerra, pelo desespero e pelo desafio das novas tecnologias: "Diante de tantas formas do mal e morte, devemos ser anunciadores e testemunhas de vida e de esperança".

O segundo motivo é a celebração dos 80 anos de vida eterna do nosso saudoso Padre Júlio Maria De Lombaerde. Padre Júlio Maria viveu de esperança, que frutificou em obras espirituais e temporais. Deixou-nos um legado grandioso, tanto pelas congregações que fundou quanto por suas construções, sempre visando o bem do próximo, especialmente os mais necessitados, e a evangelização. Esse santo homem é, para nós, exemplo de força, coragem, fidelidade a Deus, amor incondicional a Jesus Eucarístico e devoção sublime a Maria. Modelo a ser seguido. Celebrar os 80 anos da partida para o céu do “missionário que veio de longe” é ver crescer a esperança de tê-lo reconhecido como santo não apenas por nós, seus devotos, mas também por toda a Igreja de Cristo.

Neste tempo de Natal, portanto, deixemos a esperança crescer em nós. Abramos o coração para receber Jesus e sua mensagem de amor: “Eu vim para que todos tenham vida e para que a tenham em abundância” (Jo 10,10). Feliz e santo Natal.

Luisa Garbazza

Dezembro 2024 – Jornal da Paróquia N. Sra. do Bom Despacho

Bom Despacho - MG


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