terça-feira, 15 de setembro de 2015

O cuidado com o sagrado

A Igreja Católica, fundada por Jesus e difundida pelos apóstolos, é enraizada nos valores ensinados pelo próprio filho de Deus. A base de tudo é o amor: a Deus, em primeiro lugar, e aos irmãos, indiscriminadamente. Para melhor trilharmos a caminhada de fé, a Igreja nos oferece sete sinais do sagrado: os sete Sacramentos. É dever de cada cristão cuidar para que esses sinais sejam ministrados com respeito e em um ambiente propício.
Quando nasce, a criança é apresentada à comunidade e recebe o primeiro sinal: o Sacramento do Batismo. Antes disso, pais e padrinhos participam de um encontro de formação para entenderem o significado desse momento de iniciação cristã. É obrigação dos pais e padrinhos cuidar para que a criança cresça frequentando a igreja.
Depois que a criança começa a entender as coisas de Deus, ela é preparada para receber mais dois sinais, que vão acompanhá-la pela vida toda: o Sacramento da Penitência e o da Eucaristia. Em um trabalho conjunto, pais, padrinhos e catequistas empenham-se na formação da criança Também ensinam que a igreja é um lugar sagrado e devemos frequentá-la com alegria, respeito e fé, pois ali Jesus está presente.
Então a criança é convidada a acompanhar os encontros para amadurecimento na fé e, posteriormente, receber mais um sinal: o Sacramento da Crisma. Agora adolescente, já sabe caminhar com mais independência e reafirmar, diante do Bispo, o sim dito pelos pais e padrinhos no Batismo. Mas ainda precisa do apoio deles e da comunidade cristã.
Na idade jovem, ou adulta, o cristão opta se quer receber mais sinais. Alguns escolhem apenas continuar a caminhada cristã, na Igreja e na sociedade.
Outros fazem opção pela vida religiosa: colocar-se a serviço e anunciar o Evangelho. São consagrados a Deus ou recebem outro sinal: o Sacramento da Ordem. Em ambos, a espiritualidade, a obediência e a castidade devem ser os maiores sinais.
Os que fazem opção por formar uma família, preparam-se para receber mais um sinal: o Sacramento do Matrimônio. Depois dessa escolha, participando do Encontro de Noivos, recebem orientações sobre a vida de casados e sobre a cerimônia religiosa: ocasião em que vão à igreja, diante de Deus e dos homens, dizer sim um ao outro, dizer que estão dispostos a acolher, a amar, a ser fiel.
O último sinal é a Unção dos Enfermos, ministrado aos doentes, de qualquer idade, que precisam da graça divina naquele momento de intenso desfalecimento físico.
Para recebermos esses sinais, ou apresentar alguém para recebê-los, precisamos saber o real significado de cada um e como dar testemunho deles no dia a dia. É essencial saber que, para isso, vamos à igreja e nos colocamos diante de Deus. É d’Ele que vem a graça. O sacerdote é apenas um instrumento. Deus está presente. Por isso é importante que respeitemos o lugar sagrado e nos coloquemos humildemente diante do Senhor... façamos silêncio... ouçamos o que Ele tem a nos dizer. Só assim veremos a graça frutificar.
Em todas essas ocasiões, principalmente nas cerimônias de Casamento Religioso, temos ainda muito a aprender. E a ensinar: cuidar para que o espaço sagrado seja respeitado; primar pela valorização do divino; não permitir que uma enxurrada de coisas – sem sentido para a ocasião – quebre a espiritualidade do momento; não transformar a igreja em um mero salão social. Estamos ali para receber a graça de Deus. E Deus aparece na simplicidade, no silêncio, na brisa leve, no acolhimento.

Assim, como discípulos de Jesus que todos somos – ou deveríamos ser – cuidemos melhor das coisas e dos lugares sagrados. Em um ambiente alegre, porém suave e acolhedor, a graça surge com maior intensidade.
Luisa Garbazza

Publicação do Jornal PARÓQUIA
Paróquia N. S. do Bom Despacho
Setembro de 2015

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