sexta-feira, 10 de maio de 2013

Maternidade – missão sublime


A mulher – uma das mais perfeitas criações divina – tem saído, cada vez mais, do restrito universo doméstico e ocupado lugares diversos e importantes na esfera social. Apesar disso, a sua missão mais sublime ainda é a maternidade.
                Ser mãe é aceitar com amor a dádiva grandiosa de gerar outro ser. São nove meses – ou um pouco menos – de uma espera mágica que vai mudando a rotina da vida pouco a pouco: aguardar o desenvolvimento do filho que vai ocorrendo lentamente; sentir seus movimentos e auscutar o ritmo acelerado do seu coraçãozinho; aceitar com paciência as mudanças do corpo, que vai se moldando de acordo com as necessidades; esperar com ternura o momento que o filho escolher para nascer.
                Ser mãe é chorar de alegria ao ver o rosto do recém-nascido e constatar que, a partir daquele momento, sua vida nunca mais será a mesma. Segurar nos braços e amamentar aquela pessoinha, sangue do seu sangue, é algo que ficará registrado para sempre nos livros de sua memória. Sela, neste momento, um vínculo de profundo amor, uma ternura intensa e um aperto doído no coração: MEU FILHO!
                Mãe é aquela que sabe se doar sem medidas, numa entrega total, em prol da criação do filho. É maravilhoso acompanhar cada fase. Cada dia uma surpresa. Hoje se percebe um movimento novo, depois um som diferente, amanhã as primeiras sílabas, uma palavra pronunciada, os primeiros passos e a sensação inebriante ao ver o filho, com os bracinhos estendidos, correr em sua direção e brindá-la com um abraço extremamente especial que só um filho é capaz de dar.
                É plenamente mãe aquela que vê o filho crescer orientando-lhe para enfrentar as mudanças e os desafios da vida. São por demais as ocasiões em que a mãe segura o coração para não se deixar levar pela ansiedade: as enfermidades, as quedas, a entrada para a escola, o momento em que o filho começa a sair de casa, as dificuldades encontradas até conseguir amadurecer e encontrar seu caminho. Cada espinho que o filho encontra é cravado igualmente no coração da mãe. Cada alegria sentida explode também no coração materno, que quase não se comporta dentro do peito.  Sentimentos muitas vezes acompanhados pelas lágrimas, de alegria ou de tristeza, que marcam a sublimidade dessa missão que a mulher recebeu do criador.
                É próprio da mãe permanecer a vida toda em sintonia com o filho. Ver o filho – ou os filhos – ir embora deixando para trás a saudade, um coração partido e um desejo imenso de que seja muito feliz. Permanecer também em sintonia com Deus em constante oração pela felicidade daquele a quem deu a vida. É ter a doçura infinita para, mesmo depois de bem velhinha, já sem forças, conseguir se recordar com carinho de cada filho, mesmo que algum a tenha abandonado ou já tenha ido para junto de Deus, e alimentar as lembranças dos momentos passados na companhia deles e que guarda vivamente na memória.
                Ser mãe é, acima de tudo, aceitar o projeto do Pai para sua vida e ajudá-lo nesse árduo oficio de levar a toda e qualquer pessoa esse amor puro e humano que a maternidade lhe ensinou. E, por tudo isso, merece, mais que ninguém, ser amada, sem limites, pelos filhos, pela humanidade e por Deus.
 Luisa Garbazza
25 de abril de 2013

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