Setembro
chega, despertando em mim muitas sensações e sentimentos especiais. Não só por
ser o mês em que Deus me concedeu o dom da vida, mas também pelo ar de
esperança que ele nos traz. É a primavera que chega e nos mostra que tudo pode
se renovar. As plantas ganham nova roupagem, o verde ganha vida e a natureza
nos brinda com o colorido das flores. Nós também precisamos nos sentir
renovados, tanto emocional quanto espiritualmente, para seguirmos com mais
firmeza e convicção de nossos atos.
Para
nos impulsionar à renovação de nossa vida espiritual, a Igreja sempre nos
oferece motivos e conteúdos que nos levam a refletir e buscar novos pontos de
partida. Já é setembro, e muitas pessoas ainda não se deram conta de que
estamos em um ano jubilar, que nos motiva a viver, de forma mais intensa, a
esperança em Deus. O “Jubileu da
esperança” nos dá a oportunidade de rever nosso modo de agir, buscar o
perdão de Deus e, se necessário, traçar novos caminhos. E ainda conseguir
indulgências para as ações que não foram favoráveis ao querer divino.
Assim
chega setembro, com a Igreja oferecendo-nos mais uma ocasião para avivar nossa
fé e melhorar nossa vivência cristã: as reflexões sobre o mês da Bíblia, que
nos propõe a leitura da “Carta de São
Paulo aos Romanos”. Propício para o ano jubilar, o tema “A esperança não
decepciona” (Rm 5,5) nos ajuda a entender que somos um povo guiado e amado por
Deus, nosso Pai, sempre disposto a nos orientar e a nos ajudar a trilhar os
caminhos por Ele traçados. Ou nos ajudar a voltar para tais caminhos, se acaso
deles nos desviarmos.
Ao
refletirmos sobre a “Carta de São Paulo
aos Romanos”, percebemos o quanto precisamos valorizar o modo cristão de
agir e de pensar, tanto como pessoa como na comunidade ou fora dela. Sabemos
que, se permanecermos firmes na fé, “nada
poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!”
(Rm 8,39). Assim, revestido pela força e pela alegria da primavera, podemos
aproveitar bem o final do ano jubilar com a certeza de que “a esperança não nos decepciona, porque Deus
derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos
concedeu” (Rm 5,5).
Luisa Garbazza
Setembro de 2025
Publicação original “Jornal
Paróquia N. Sra. do Bom Despacho”.
