sábado, 25 de janeiro de 2025

Carta - Homenagem ao "Dia do carteiro"

 


Bom Despacho, 25 de janeiro de 2025

Olá, você!

Como vai a vida neste dia?

Hoje é o “Dia do Carteiro”. Lembrei-me da minha época de adolescente e jovem, quando se usava enviar cartas. Como era prazeroso escrever uma carta para alguém! A escrita em si já era algo muito especial: preparar a folha de bloco – própria para carta –, um lápis bem apontado ou uma caneta, um lugar apropriado, longe do barulho e do trânsito de pessoas. Enquanto trazíamos à mente a pessoa para a qual escrevíamos, o pensamento ia longe, e a mão ia registrando as palavras, as notícias – boas ou tristes – que queríamos transmitir.

O carteiro era a visita mais esperada. Cartas... muitas cartas... cartas de parentes, de amigos, conhecidos e desconhecidos, cartas de amor, de alegria, mas também de tristeza, cartas de amizade, cartas que iam e vinham em um vaivém sem fim.

Por ser o “Dia do Carteiro”, resolvi escrever esta carta que expressa meus sentimentos e minha euforia com essa prática tão esquecida. Sentimentos de alegria ao pensar que alguém irá ler esta carta e se lembrar de mim, mesmo que não me conheça.

No ensejo de me comunicar com alguém, por meio de uma carta, lembrei-me de tantas pessoas que preenchem um espaço em minha vida, em meus pensamentos; que me ensinam, caminham comigo, às vezes de longe; pessoas que fazem a diferença em meus dias.

Aproveito esta carta para demonstrar minha gratidão a cada um. Obrigada, você, que parou alguns instantes para ler estas linhas. Obrigada pela parcela de bem que recebo por seu intermédio. Obrigada pelos momentos de convivência, pelas conversas, pelos ensinamentos, por ter cruzado a linha de minha vida. Obrigada por fazer parte da minha lista de pessoas importantes e por me proporcionar o prazer desta escrita.

Quando ler minha carta, espero que esteja bem e, tal qual essa amiga ao escrevê-la, sinta-se feliz.

Deus abençoe você, com bênçãos de paz e alegria, amor e esperança.

Abraço bem grande.

Sua amiga,

      Luisa Garbazza


(Homenagem a todos os carteiros, que, ainda hoje, visitam nossos lares.)


sábado, 11 de janeiro de 2025

 


Como é bom começar algo novo! Novos planos, novos projetos, novas expectativas. É o que geralmente vivemos no início de cada ano. Como o mitológico deus Jano, lançamos um olhar para os dias vividos – com saudade ou com alívio – e um olhar – com brilho de esperança – para o que há de vir. Essa esperança se torna ainda mais palpável quando a motivação é a presença do Deus Menino, nascido entre nós. É nele que cremos e nos espelhamos para caminhar, com mais leveza, rumo ao novo ano.

Jesus, o Filho de Deus, nascido de Maria, adotado por José. Estava assim formada a família, santa, sagrada, que viveu na simplicidade e tornou-se modelo para cada família aqui na terra. É linda, emocionante e às vezes triste a trajetória dessa família: a obediência, a entrega e o amor de Maria; a submissão, a fé e a humildade de José; a presença divina e humana do Menino Jesus. Juntos driblavam as intempéries. “E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.” (Lc 2:52)

Em cada passo dessa família, um motivo para nossa reflexão, uma atitude a ser imitada. Mesmo diante dos reveses, a confiança nos planos de Deus – ainda que sem entendê-los –, a obediência, a vida em harmonia, a sublimação da fé. Contemplemos a suavidade no rosto de Maria, a figura paternal de José, a serenidade no olhar do filho. Com o olhar da fé, percebemos que havia ali uma atmosfera mais divina que humana. E ainda há. Assim o acreditamos quando invocamos a Sagrada Família de Nazaré.

Em 2025, a Sagrada Família seja nosso modelo, nossa inspiração para bem viver. Cada dia seja vivido com o propósito de nos aproximarmos mais de Deus. Assim, conformados em Cristo, deixemos transbordar em nós a esperança em dias melhores. Façamos nossa parte e esperemos um mundo melhor, onde, motivados pelo Jubileu da Esperança, vivamos todos como uma grande família: a de filhos e filhas de Deus, irmãos em Cristo. Sob o olhar de São José e sob o manto da Virgem Maria, nossa Mãe, os passos serão mais leves, e encontraremos o sentido da vida.

Luisa Garbazza

Janeiro 2025