terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Carta ao Pe. Júlio Maria

 


Bom Despacho, 8 de janeiro de 2024

 

             Querido Padre Júlio Maria

 

Com alegria, escrevo-lhe para demonstrar o carinho que tenho pelo senhor e a admiração que sinto por tudo o que realizou e pelo que representa para nós, conhecedores de sua passagem pela vida mortal.

            Com o intuito de conhecer seus passos, deixei-me levar pela emoção nas páginas de seu “Diário Missionário”. Caminhei com o senhor em suas idas e vindas para concretizar o propósito de servir, como “irmão branco” – Irmão Optato Maria – na África, até se tornar sacerdote da Congregação da Sagrada Família, na Europa.

            Acompanhei sua obediência e sua confiança em Deus, quando soube que viajaria rumo ao desconhecido: o norte do Brasil. Hora nenhuma percebi, em suas palavras, o desejo de pedir para ficar. Seu coração generoso abraçou a missão, pois a alma missionária não o deixava esmorecer. Viagem difícil, repleta de provações, mas um latente desejo de chegar e colocar-se a serviço dos necessitados.

            Como foi grande, meu querido padre, o legado construído na precariedade do norte do Brasil. Em seu “Diário Missionário”, encontrei mais que um padre em missão, encontrei um servo de Deus disposto a tudo pelo bem de seus filhos espirituais. Encontrei um padre, um irmão, um pai, um catequista, um médico do corpo e da alma, um homem forte que enfrentava os desafios da natureza e a ignorância humana sem se desviar de seus objetivos. Ali deixou marcas, como a Congregação das Filhas do Imaculado Coração de Maria.

            Padre Júlio Maria, sou grata a Deus e ao senhor por sua presença aqui nas Minas Gerais! Visitar Manhumirim e ver de perto as obras que construiu, fez-me confirmar cada palavra – ouvida e lida – que já soubera a seu respeito. O homem forte – de corpo, alma e espírito – constatado em seus feitos: construção do hospital, asilo, colégio, patronato, igreja e do majestoso seminário. Além das congregações dos “Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento” e das “Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora”.

            Obrigada pelo exemplo de vida santa, pelo amor profundo a Jesus Eucarístico e pela devoção, sem reservas, a Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, que modificou a vida de muita gente. Inclusive a minha. Hoje tenho a feliz oportunidade de segui-lo como “Missionária leiga sacramentina”. Meu coração sacramentino quer agradecê-lo por tudo que fez em favor de todos nós.

Obrigada, missionário! Interceda por nós, para que possamos seguir fielmente seus passos de amor, sacrifício e fé.

 

Até um dia.

Grande abraço desta sua devota, que já o tem como santo.

                                Luisa Garbazza


(8 de janeiro: Memória do Batismo do Pe. Júlio Maria.)

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