Bom Despacho, 8 de janeiro
de 2024
Querido Padre Júlio Maria
Com
alegria, escrevo-lhe para demonstrar o carinho que tenho pelo senhor e a
admiração que sinto por tudo o que realizou e pelo que representa para nós,
conhecedores de sua passagem pela vida mortal.
Com o intuito de conhecer seus
passos, deixei-me levar pela emoção nas páginas de seu “Diário Missionário”.
Caminhei com o senhor em suas idas e vindas para concretizar o propósito de servir,
como “irmão branco” – Irmão Optato Maria – na África, até se tornar sacerdote
da Congregação da Sagrada Família, na Europa.
Acompanhei sua obediência e sua
confiança em Deus, quando soube que viajaria rumo ao desconhecido: o norte do
Brasil. Hora nenhuma percebi, em suas palavras, o desejo de pedir para ficar.
Seu coração generoso abraçou a missão, pois a alma missionária não o deixava
esmorecer. Viagem difícil, repleta de provações, mas um latente desejo de
chegar e colocar-se a serviço dos necessitados.
Como foi grande, meu querido padre,
o legado construído na precariedade do norte do Brasil. Em seu “Diário
Missionário”, encontrei mais que um padre em missão, encontrei um servo de Deus
disposto a tudo pelo bem de seus filhos espirituais. Encontrei um padre, um
irmão, um pai, um catequista, um médico do corpo e da alma, um homem forte que
enfrentava os desafios da natureza e a ignorância humana sem se desviar de seus
objetivos. Ali deixou marcas, como a Congregação das Filhas do Imaculado
Coração de Maria.
Padre Júlio Maria, sou grata a Deus
e ao senhor por sua presença aqui nas Minas Gerais! Visitar Manhumirim e ver de
perto as obras que construiu, fez-me confirmar cada palavra – ouvida e lida –
que já soubera a seu respeito. O homem forte – de corpo, alma e espírito – constatado
em seus feitos: construção do hospital, asilo, colégio, patronato, igreja e do
majestoso seminário. Além das congregações dos “Missionários de Nossa Senhora
do Santíssimo Sacramento” e das “Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora”.
Obrigada pelo exemplo de vida
santa, pelo amor profundo a Jesus Eucarístico e pela devoção, sem reservas, a
Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, que modificou a vida de muita gente. Inclusive
a minha. Hoje tenho a feliz oportunidade de segui-lo como “Missionária leiga
sacramentina”. Meu coração sacramentino quer agradecê-lo por tudo que fez em
favor de todos nós.
Obrigada,
missionário! Interceda por nós, para que possamos seguir fielmente seus passos
de amor, sacrifício e fé.
Até um dia.
Grande abraço desta
sua devota, que já o tem como santo.
(8 de janeiro:
Memória do Batismo do Pe. Júlio Maria.)
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