sábado, 6 de agosto de 2022

Família – caminho de santidade


 

E a família, como vai? Meu irmão, venha e responda!instigava-nos a Campanha da Fraternidade de 1994. Hoje, vinte e oito anos depois, a família ainda é a maior preocupação da Igreja. E a canção continua: “Quem pergunta é o Pai. A verdade não esconda”. Deus também se preocupa com a família. Tanto que a consagrou quando quis que seu filho Jesus nascesse e crescesse no seio de uma família, a de Nazaré, lugar de santidade e de pertença absoluta a Deus.

Como é bom ter a minha família!” – canta o padre Zezinho. A Igreja segue preocupada com o destino dessa instituição sagrada. No Brasil, por ocasião do Dia dos Pais, a CNBB nos propõe uma semana de reflexão, que, em 2022, veio com o tema: “Amor familiar, vocação e caminho de santidade”, que traduz uma esperança em tempos melhores.

Sabemos que é no seio familiar que aprendemos a rezar, vemos formar os valores da boa convivência, estreitamos laços, aprendemos a ser pessoa. É aí que precisamos fomentar o amor: entre os esposos, entre pais e filhos, entre irmãos, na comunidade, ao Criador. O amor familiar, quando bem estruturado, é capaz de nos fortalecer para enfrentarmos os dissabores da existência. No encontro de cada dia, na convivência, nos erros e acertos, na acolhida fraterna formamos o elo que nos une uns aos outros e a Deus.

Sabemos também que a família está passando por uma avalanche de problemas provocados por variadas interferências externas. Nunca se colocaram tantos obstáculos e desafios no caminho de quem quer cultivar a essência dessa instituição tão amada por Deus. Precisamos acordar o coração, tomar consciência de que somos responsáveis pelo futuro da família. O que podemos fazer?

 

É missão de todos nós

Para se formar uma família é preciso vocação. E a vocação se descobre aos poucos, na convivência, no diálogo, na observância dos fatos, na oração: tarefa para os pais e mães de família, para os sacerdotes, os catequistas, pastorais e movimentos da Igreja. É urgente o acompanhamento do ser humano desde a primeira infância. Dessa maneira vamos formando a consciência de que é necessário se preparar para a vida, assim como para o matrimônio. Urge direcionar os jovens: o namoro responsável, a preparação para a vida a dois, a importância da bênção sacerdotal, da abertura do coração para receber os filhos. É um ciclo que se renova e para o qual é preciso vocação. É preciso muito amor, vontade de seguir de mãos dadas e em sintonia de coração. Muitas famílias se desmancham pela falta da vocação do casal para ser pai e mãe juntos.

Caminhemos unidos, uns ajudando os outros, sem nos desviarmos da proposta de Deus para a família: a santificação. A família é o caminho para a santidade. Os esposos são convidados a amar juntos, caminhar juntos, ser pais juntos, ser santos juntos. Peçamos a Deus que envie o Espírito Santo sobre as famílias. Que delas sejam removidas as práticas do pecado e do egoísmo; que nelas sejam renovados o amor, a fraternidade, a alegria e a busca constante pela santificação. Não é um caminho fácil, mas é um caminho possível.

Com confiança em Deus, seremos capazes de renovar o jeito de ser família. A começar pela nossa. De acordo com a possibilidade de cada um, sejamos presença do amor de Deus nos lares de nossas comunidades. Falemos de vocação. Ofereçamos nossa ajuda. Levemos esperança ao coração dos pais, das crianças, dos jovens. Sejamos nós os primeiros a darmos passos para esse caminho de santidade.

Como vai sua família, querido leitor.

luisagarbazza@hotmail.com

Luisa Garbazza

Jornal Paróquia - agosto de 2022

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