Querido leitor, estamos iniciando o mês missionário. Outubro é, por excelência, o mês das missões, assim escolhido por causa da padroeira, Santa Teresinha do Menino Jesus, a qual celebramos logo no primeiro dia. Santa Teresinha foi missionária sem nunca ter saído do convento. Segundo ela, “ser missionário não é uma questão de geografia e sim uma questão de amor”. Por isso viveu a santidade nas pequenas coisas. Por isso amou muito e rezou pela Igreja de Cristo; rezou para que os cristãos não desistissem da missão de levar o evangelho a todas as pessoas.
Ainda no início de outubro, no dia
quatro, temos, a meu ver, o mais santo dos missionários: São Francisco de
Assis. É com muito carinho que falo desse homem, retrato do amor e da ternura
para com os irmãos. Todos. Principalmente aqueles que já haviam sido
esquecidos, abandonados, proibidos da convivência social por causa das
limitações, da pobreza, das doenças, principalmente a lepra. Francisco tinha
sempre um sorriso a oferecer. Mas também tinha a mão sempre estendida para
ajudar e, o mais louvável, colocava-se como criatura de Deus, assim como todas
as outras, cuidava de tudo como se tudo e todos fossem irmãos. Para ele, homem,
sol, lua, estrelas, passarinhos, todas as obras do Criador mereciam ser
cuidadas, preservadas. E ensinou-nos o valor da oração e a beleza de viver na
simplicidade como as outras criaturas de Deus.
Neste ano, iniciamos o mês missionário
em tempo de pandemia. Em outros tempos, estaríamos nos movimentando para as
visitas missionárias, a hora santa em prol das missões no mundo inteiro, a reza
do terço missionário. Mas, com a necessidade do isolamento social, nada disso
poderá ser feito. Então precisamos pensar em novas formas de viver, com
alegria, este tempo de graça destinado à conscientização de todos para o
empenho de irmos ao encontro uns dos outros e nos colocar à disposição para
ajudar.
Segundo o próprio Cristo, a maior
missão de todo Cristão é ouvir a voz de Deus e levá-la a todos os que encontrar
pelo caminho. Uma só é a lei, a verdade. Como colocá-la em prática, aí sim, vai
depender da fé, da confiança em Deus, da situação de cada povo, de cada
paróquia. Primeiramente, é preciso se colocar à disposição. “Eis-me aqui,
Senhor!”
Mesmo com as limitações do momento, com
certeza, há algo a ser feito. Buscando o exemplo de São Francisco de Assis,
podemos aprender a viver na simplicidade. Bem sabemos que não precisamos de
muito para ser feliz, pois a felicidade vem de Deus, que está dentro de nós.
Com essa consciência, seremos capazes de cuidar do outro, mas também cuidar do ambiente
em que vivemos, preservar os bens naturais, reciclar tudo que pudermos para
evitar tanto lixo. Não podemos viver como se nada estivesse acontecendo. Cuidar
da natureza é, sim, missão do cristão.
Por outro lado, podemos nos espelhar em
Santa Teresinha para uma vida com mais amor. Mesmo em nosso lar, alguns
impossibilitados de participar até mesmo das celebrações, podemos agir. Temos a
facilidade de acompanhar as celebrações e de evangelizar através das redes
sociais. Podemos reservar um tempo para a oração, tanto pessoal como em
família, em pequenos grupos presenciais, em grupos pela internet.
Então, caros irmãos, tenhamos como
meta, neste mês das missões, olhar o mundo com outros olhos: os do amor. Temos
dois grandes intercessores para nos ajudar nessa tarefa, não muito simples, mas
sublime, de seguir a lei que nos deixou o Mestre Jesus: "Amarás ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de
todas as tuas forças e amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mc 12,30-31).
Luisa Garbazza
luisagarbazza@hotmail.com
Que possamos ver o AMOR de DEUS vencer todo mal e Se manifestar na simplicidade de cada vida que se oferta: "eis-me aqui!"
ResponderExcluirGratidão, Luísa, por ser este ofertório vivo a Deus que, na caminhada a Ele, nos irmana com celeste alegria!
Amém.
ResponderExcluirObrigada.
No dia a dia, vamos nos aprimorando na arte de nos doar e caminhar para Deus.