Os cristãos comprometidos vivem a Quaresma –
tempo de conversão.
O mundo globalizado, a quarentena –
necessidade de reclusão.
Fecham-se as casas, fecham-se as igrejas.
Fechamo-nos em casa, sem presença, sem
abraços.
Sem encontro com o irmão, sem Missas, sem
Comunhão.
Vislumbra-se a Páscoa.
Coração vive a ansiedade, desejo da presença
real do Cristo ressuscitado no Santíssimo Sacramento.
A Igreja do Brasil se organiza
Em carro aberto, realiza o tão sonhado desejo:
Jesus Eucarístico, pelo sacerdote conduzido,
pelas ruas e praças da cidade.
Preparei-me para recebê-lo, mas Jesus não
passou em minha casa.
Preparei o portão com símbolos de
ressurreição, e Ele não passou em minha casa.
Preparei a alma, o coração, acendi uma vela...
E Jesus não passou em minha casa.
Ouvi o som, ao longe, e saí para a rua.
Vislumbrei o carro em que Ele estava.
Ele não passou em minha casa, mas olhou para
mim.
De longe ele olhou para mim e me reconheceu.
Com certeza, sentiu meu olhar suplicante, minha
alma sedenta, como sentiu o toque daquela mulher que sofria e acreditou que Ele
podia curá-la.
Jesus olhou para mim e senti sua presença,
seu amor.
Senti que, apesar de não haver passado em
minha casa, Ele estava ali, perto de mim, abençoando-me, dando-me forças para
prosseguir.
Luisa Garbazza
12 de abril de 2020
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