Queridos
leitores, estamos avançados no tempo deste 2018. Dezembro já se adianta no
calendário. Daqui a pouco já é Natal. Toda gente se movimenta no corre-corre de
fim de ano: lojas cheias, ruas movimentadas, passeios e praças repletas de pessoas
em busca de um presente. Vivenciando esse clima de festa e magia, venho falar
de amor, esse ser tão misterioso, cantado em prosa e em verso, mas às vezes tão
pouco vivido.
Quero
falar do amor essência, que brota da alma e transcende a matéria. Esse
sentimento belo e puro, desprovido de pretensão, ensinado pelo mestre Galileu.
Jesus amou-nos de forma única e inigualável. Amou-nos até as últimas
consequências: a morte de cruz. Como é bom fechar os olhos e imaginar Jesus com
todas as pessoas daquela época, às quais ele fazia questão de ensinar, de
demonstrar carinho e atenção. Quanta cura – do corpo e da alma – Jesus ofereceu
àquela gente! Quanta verdade e ternura em suas palavras! Ah! Como seria bom
amarmos assim!
Quero
falar do amor vivido por São Francisco de Assis, que, quando descobriu o amor
de Jesus, teve sua vida transformada. Percebeu que nada valia mais que o amor,
nem riquezas, nem posses, nem poderes, nem fama, nada. Ele conseguiu penetrar
na essência de si mesmo e ali encontrar o amor pelas pessoas. Ao lado dos
pobres e oprimidos, dos doentes jogados à beira do caminho ou isolados, fora do
convívio, São Francisco encontrou a paz. Ele gritou essa paz em palavras,
cânticos e orações. E viveu essa paz.
Penso
no amor sentido pelo Padre Júlio Maria. Por amor a Jesus e à sua mãe, Maria
Santíssima, ele enfrentou dificuldades, transpôs mares, cruzou barreiras. Onde Jesus
chamava, lá estava ele. A literatura nos apresenta um padre humano, bondoso,
cuidadoso. Preocupou-se com a formação – principalmente espiritual – dos
jovens, dos homens, das mulheres e das crianças. Deixou textos belíssimos,
ensinando a viver o amor e o sacrifício. Quem ama aceita as consequências, os
dissabores, o cansaço, os desafios, as dores.
Falo
do amor que marca a cadência e o rumo dos passos do Papa Francisco, que sai do
conforto e vai visitar famílias, comer com os pobres, abrigar os que não têm um
lar.
Falo
do amor vivido e ensinado por minha mãe, dona Maria da Conceição Garbazza, um
exemplo entre muitas de sua época, que, aceitando os desígnios do Criador, se
anulou e se desdobrou para criar e educar na fé, da melhor maneira que pôde, os
dez filhos que gerou. E ainda ajudou tanta gente. Sem se desesperar diante das
vicissitudes da vida, teve uma vida santa e espalhou o bem, a fraternidade, o
amor sem medidas.
Trago
também o amor da criança, que enche os pais de beijos e, plenos de confiança,
diz com todas as letras, com todo o significado que essas palavras podem ter:
“Eu te amo”.
E
por último, quero falar do amor de Maria, nossa santíssima mãe. O amor que a
fez enfrentar as barreiras do seu tempo e dizer sim a Deus para se tornar mãe
de seu filho. O amor que embalou a sua vida inteira e, ao ver o filho padecendo
em uma cruz, aceitou ser mãe da humanidade. E pôde fazer isso, pois o amor em
seu coração era suficientemente grande para abraçar e amar todos os viventes.
Meus
queridos amigos, neste Natal – e sempre – possamos amar mais, espalhar mais
amor, amar como Jesus amou. Assim, quando chegar o fim do dia, como diz o Padre
Zezinho, possamos todos, sem exceção, dormir muito mais feliz. Feliz Natal!
Luisa Garbazza
Publicação do jornal “Paróquia”
Dezembro de 2018
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