terça-feira, 22 de setembro de 2015

Lançamento de livro

Livro
Igreja do Rosário
Dos primórdios ao cinquentenário

Uma coprodução que conta um pouco da história da Igreja do Rosário em Bom Despacho:
origem, primeiros devotos, construção, caminhada da Igreja Povo, reformas e passagem à paróquia.
 


Lançamento dia 3 de outubro às 19h na Igreja do Rosário
Bom Despacho 





terça-feira, 15 de setembro de 2015

O cuidado com o sagrado

A Igreja Católica, fundada por Jesus e difundida pelos apóstolos, é enraizada nos valores ensinados pelo próprio filho de Deus. A base de tudo é o amor: a Deus, em primeiro lugar, e aos irmãos, indiscriminadamente. Para melhor trilharmos a caminhada de fé, a Igreja nos oferece sete sinais do sagrado: os sete Sacramentos. É dever de cada cristão cuidar para que esses sinais sejam ministrados com respeito e em um ambiente propício.
Quando nasce, a criança é apresentada à comunidade e recebe o primeiro sinal: o Sacramento do Batismo. Antes disso, pais e padrinhos participam de um encontro de formação para entenderem o significado desse momento de iniciação cristã. É obrigação dos pais e padrinhos cuidar para que a criança cresça frequentando a igreja.
Depois que a criança começa a entender as coisas de Deus, ela é preparada para receber mais dois sinais, que vão acompanhá-la pela vida toda: o Sacramento da Penitência e o da Eucaristia. Em um trabalho conjunto, pais, padrinhos e catequistas empenham-se na formação da criança Também ensinam que a igreja é um lugar sagrado e devemos frequentá-la com alegria, respeito e fé, pois ali Jesus está presente.
Então a criança é convidada a acompanhar os encontros para amadurecimento na fé e, posteriormente, receber mais um sinal: o Sacramento da Crisma. Agora adolescente, já sabe caminhar com mais independência e reafirmar, diante do Bispo, o sim dito pelos pais e padrinhos no Batismo. Mas ainda precisa do apoio deles e da comunidade cristã.
Na idade jovem, ou adulta, o cristão opta se quer receber mais sinais. Alguns escolhem apenas continuar a caminhada cristã, na Igreja e na sociedade.
Outros fazem opção pela vida religiosa: colocar-se a serviço e anunciar o Evangelho. São consagrados a Deus ou recebem outro sinal: o Sacramento da Ordem. Em ambos, a espiritualidade, a obediência e a castidade devem ser os maiores sinais.
Os que fazem opção por formar uma família, preparam-se para receber mais um sinal: o Sacramento do Matrimônio. Depois dessa escolha, participando do Encontro de Noivos, recebem orientações sobre a vida de casados e sobre a cerimônia religiosa: ocasião em que vão à igreja, diante de Deus e dos homens, dizer sim um ao outro, dizer que estão dispostos a acolher, a amar, a ser fiel.
O último sinal é a Unção dos Enfermos, ministrado aos doentes, de qualquer idade, que precisam da graça divina naquele momento de intenso desfalecimento físico.
Para recebermos esses sinais, ou apresentar alguém para recebê-los, precisamos saber o real significado de cada um e como dar testemunho deles no dia a dia. É essencial saber que, para isso, vamos à igreja e nos colocamos diante de Deus. É d’Ele que vem a graça. O sacerdote é apenas um instrumento. Deus está presente. Por isso é importante que respeitemos o lugar sagrado e nos coloquemos humildemente diante do Senhor... façamos silêncio... ouçamos o que Ele tem a nos dizer. Só assim veremos a graça frutificar.
Em todas essas ocasiões, principalmente nas cerimônias de Casamento Religioso, temos ainda muito a aprender. E a ensinar: cuidar para que o espaço sagrado seja respeitado; primar pela valorização do divino; não permitir que uma enxurrada de coisas – sem sentido para a ocasião – quebre a espiritualidade do momento; não transformar a igreja em um mero salão social. Estamos ali para receber a graça de Deus. E Deus aparece na simplicidade, no silêncio, na brisa leve, no acolhimento.

Assim, como discípulos de Jesus que todos somos – ou deveríamos ser – cuidemos melhor das coisas e dos lugares sagrados. Em um ambiente alegre, porém suave e acolhedor, a graça surge com maior intensidade.
Luisa Garbazza

Publicação do Jornal PARÓQUIA
Paróquia N. S. do Bom Despacho
Setembro de 2015

domingo, 6 de setembro de 2015

“Permanecei no meu amor”

Setembro é um mês muito especial para nós católicos: é o mês em que colocamos a palavra de Deus em destaque; é o mês da Bíblia. Todo ano, a Igreja, através da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – determina uma sequência bíblica e um tema para reflexão durante este mês. Em 2015, estamos diante do Evangelho de São João, com o lema: “Permanecei no meu amor para dar bons frutos” (Jo 15,8-9).
A manifestação do amor de Deus para com os homens está presente em toda a história da humanidade. Mais ainda, depois da vinda de seu filho Jesus: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós.” (Jo 1,14). João deixa isso bem claro em seu Evangelho e narra, em várias passagens da vida pública de Jesus, o amor que Ele demonstra pelo povo de Deus: “Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Esse amor de Jesus também é manifestado em obras. Quem ama cuida, é solidário, dá carinho, procura aliviar a dor dos que sofrem. Assim Jesus o fez. Foi solidário com os amigos daquela festa de casamento em que o vinho acabou. Aquelas talhas de água transformada em vinho foi o primeiro sinal concreto de seu amor. Deparamos também na narração de São João, o encontro de Jesus com a samaritana. Ali, ao lado daquele poço, ele se coloca como Água Viva que sacia a sede da alma. A samaritana bebe primeiro a fonte de água viva que são as palavras de Jesus. Depois suplica a Ele: “Senhor, dá-me desta água, para eu já não ter sede nem vir aqui tirá-la!” (Jo 4,15) Mais adiante, Jesus se coloca como protetor, cheio de cuidados por aqueles que ama: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas”. (Jo 10,11) Como mensagem de amor, Jesus dá o exemplo e lava os pés dos discípulos. Deixa-nos também um ensinamento: “Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.” (Jo 13,14)  
Em outras passagens do Evangelho, São João descreve os encontros de Jesus e sua preocupação com o povo, principalmente os mais pobres, os mais sofridos, os marginalizados, os doentes. O preceito que Ele nos transmite, através da palavra presente na Sagrada Escritura, é de paz, amor e solidariedade. Sempre pedindo que amemos uns aos outros e coloquemos em prática seus ensinamentos, que imitemos seus exemplos e sigamos seus passos. Durante a vida pública de Jesus, depois que escolhera os doze discípulos para continuar sua obra, Ele deixou mais um ensinamento de vida em comum: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos.” (Jo 15,12-13). Depois da ressurreição de Jesus, o Evangelho de João narra sua aparição e a missão destinada aos apóstolos: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.” (Jo 20,21).
Jesus enviou os doze e envia cada um de nós para essa mesma missão: anunciar o Evangelho, tratar a todos como irmãos e propagar o amor ao próximo, a solidariedade, a partilha. E deixa-nos a doutrina do amor sem medida. É isso que devemos fazer, se quisermos seguir o Mestre: amar ao extremo, dar continuidade a essa aliança de amor realizada em Jesus Cristo. É isso que Ele espera de nós: que acolhamos o irmão que encontramos pelo caminho; que transmitamos sua mensagem de paz; que vivamos na igualdade, sem preferências, sem discriminações ou marginalizações; que tenhamos todos uma só identidade: filhos de Deus.

Que neste mês da Bíblia, meditemos nas palavras de São João e tenhamos fortalecida nossa fé e nossas convicções nos valores deixados pelo nosso Mestre Jesus. Assim poderemos viver melhor o mandamento do amor sem medida que Ele nos deixou.
Luisa Garbazza

Publicação do Informativo Igreja Viva
Paróquia N. S. do Rosário
Setembro 2015