terça-feira, 5 de maio de 2015

Quando as mães vão embora

Maio retorna todo cheio de vida! Um mês repleto de comemorações. Mês de Maria, preferido pelas noivas. Há tanto a celebrar! O destaque maior, contudo, fica por conta do Dia das Mães: data sublime, comemorada em todo o país, por todas as pessoas, indistintamente. Mãe é obra perfeita, criação divina, coração nobre e acolhedor. Mãe é sentinela, está sempre disponível sem medir os esforços. Mãe é ausência de egoísmo, doçura; é afago na alma, é o que completa a essência do ser humano. Mãe é o vocativo mais proferido na face da terra. Como é doce pronunciá-lo: Mãe! Mamãe! Mãezinha! Manhê! É dizê-lo e saber que vai ser atendido. É saber que vai ser ouvido, amado e cuidado com zelo e carinho.
Feliz de quem é mãe e pode ouvir esse nome, como música para os ouvidos. É feliz ao contemplar o rosto do filho pela primeira vez, acompanhá-lo pela vida afora, achá-lo a pessoa mais linda do mundo. Feliz a mãe que se dedica ao filho e, juntamente com ele, constrói uma bela história de vida: história de amor, de ternura, de fé. Sintonia perfeita desde a concepção, quando a nova vida começa a ser gerada, sentida com intensidade. A vida tem outro valor ao lado do filho.
Feliz de quem tem a mãe ao seu lado nesse dia tão especial. Pode olhá-la nos olhos, segurar sua mão e desejar-lhe felicidades. Pode sentir sua presença, tocá-la e abraçá-la com toda a ternura. Feliz de quem sabe fazer com que a mãe se sinta amada e confortada pela presença filial.
Hoje, no entanto, quero falar também sobre a ausência de mãe. Quantos e quantas passam essa data camuflando a tristeza e a dor sentida por causa dessa carência. É o que acontece quando as mães vão embora.
Quando, no tempo de Deus, a mãe vai embora, ela deixa em seu lugar uma lacuna tão grande que jamais será preenchida. Não importa se vai para o céu muito nova ou bem velhinha, o lugar dela ninguém nem nada consegue substituir. Passam-se os anos e a saudade aumenta a cada dia. Os pensamentos trazem-na de volta em muitas circunstâncias. E o peito reclama a dor da ausência.
Quando a mãe vai embora, o arco-íris perde um pouco a cor. O sorriso já não tem tanta alegria. A vida fica incompleta. A mente divaga e quer-se chamar seu nome. O som não sai. “Mãe!!!” O silêncio é a resposta. Não há a quem chamar.  “Bença, mãe?” Não há a quem pedir a bênção. “Escuta, mãe!” Não há ninguém para ouvir nossos anseios, nossos medos, nossos segredos mais íntimos. Ninguém tem a paciência das mães para ouvir e aconselhar o filho, para entender os problemas, censurar impetuosidades, indicar novos caminhos. Tudo aquilo que ficávamos ansiosos para segredar à mãe, agora fica no vazio, sufocado no peito.
Aí vem a necessidade da prece. Elevar os olhos e os pensamentos à mãe de todos: Maria. Através dela podemos manifestar nosso amor. Podemos entrar em sintonia com nossa mãe, que nos aguarda no céu. Através dela podemos manter firme a fé e a esperança na vida terrena e na vida eterna.
Esperamos que Maria, a mãe de todos nós, possa confortar aqueles que não têm mãe. E possa também enviar a todas as mães da terra, um reflexo do seu amor para que haja mais bondade, ternura, respeito, solidariedade, dedicação e caridade em todos os lares.
Feliz e abençoado Dia das Mães!

Luisa Garbazza

Publicação do Informativo Igreja viva
Paróquia N. S. do Rosário
Maio de 2015