quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Mensagem de Ação de Graças



Celebração do dia 31 de dezembro
Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho
Mensagem final
Nesta noite em que concluímos o ano de 2014, é justo e agradável a Deus elevarmos ao céu nossa ação de graças. Entrar em sintonia com o Pai e agradecê-lo por todos os benefícios que ele nos concedeu ao longo do ano. Agradecer pelas alegrias e realizações que tanto nos engrandeceram como filhos e filhas de Deus. Pelas vezes em que pudemos fazer o bem e pelo bem que recebemos de outrem. Agradecer por todas as dificuldades que encontramos pelo caminho, pois foi através da força a nós dispensada e pela confiança na graça divina que superamos cada obstáculo. E agradeçamos também pela misericórdia infinita com que Deus nos abraçou e nos consolou nos momentos de tristeza profunda. Enfim, lembrando, mais uma vez, São Paulo: “Em tudo demos graças a Deus”.
Ao mesmo tempo, peçamos ao Todo-poderoso que derrame suas bênçãos para bem iniciarmos o ano novo. Que em 2015, que foi definido pelos Bispos do Brasil como o Ano da Paz, possamos fazer alguma coisa, por pequenina que seja, para que haja mais harmonia e paz no meio de nós. Que deixemos de lado o orgulho e a indiferença e tratemos nosso semelhante com humildade, ternura e fraternidade. E, acima de tudo, confiantes de que Deus continuará presente em cada instante de nossa caminhada no ano que ora se inicia, peçamos: Fica conosco, Senhor. Amém.
Feliz ano novo!

Luisa Garbazza 

31 de janeiro de 2014
 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Mensagem ao Padre Antônio Otaviano



Missa em Ação de Graças pelos 45 anos de sacerdócio
Mensagem final
“Ser padre é ser abençoado e verdadeiramente escolhido por Deus. Sem dúvida nenhuma, somente alguém que tem Deus ao seu lado é capaz de realizar tantos feitos como celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai pode fazer. Um pai espiritual dado pelo Senhor para nos guiar no caminho da salvação.” Bento XVI
Meditando essas palavras e contemplando o Padre Antônio Otaviano, aqui presente, constatamos que temos o privilégio de conviver com um verdadeiro padre, em todas as dimensões dessa palavra.
Padre Antônio, queremos render graças a Deus por seus ____ anos de sacerdócio.
Agradecemos por seu jeito todo especial de acolher a todos, sem distinção; pelo tempo que disponibiliza para a evangelização das famílias; pela paz que nos transmite; por sua presença efetiva no meio de nós; enfim, pela sabedoria com que o senhor vive seu sacerdócio.
Igualmente queremos pedir ao Espírito Santo que o ilumine continuamente para que o senhor preserve a sabedoria e o entusiasmo com que serve a Deus e ao próximo e a alegria com que semeia a esperança no coração das pessoas.
Em nome da comunidade, Padre Antônio, quero demonstrar aqui minha gratidão sincera, o carinho que tenho pelo senhor e meu abraço fraterno.
Muito obrigada por ser esse homem de Deus entre nós.
Luisa Garbazza
20 de dezembro de 2014

sábado, 20 de dezembro de 2014

Inocência





Os dias que antecedem o Natal vêm acompanhados de instantes especiais. São momentos em que abandonamos a correria do dia a dia e nos reunimos para uma reunião festiva, alegre, a fim de nos relacionarmos de maneira mais informal. Ali o destaque é para o ser humano puro e simples, sem rótulos nem hierarquias. Todos formando uma só família, em que o convidado especial é Jesus, que quer nascer em cada coração. Participei de um momento assim na última sexta-feira.
O ambiente estava muito acolhedor. Logo na entrada, a árvore iluminada chamava à atenção. À direita, a cena era outra: uma mesa, toda enfeitada: flores vermelhas, um bolo bem branquinho e um pequeno presépio, simples, como devem ser os presépios, pois estão representando aquela família simples e humilde que marcou sua época, encantou todas as gerações desses dois milênios e continua nos seduzindo. No salão todo, mesas espalhadas e gente feliz.
         Depois de um momento de espiritualidade, começou a festa da entrega dos presentes de amigo-oculto, que causa tanta alegria e algazarra. Uns chamam pelo nome, outros falam das qualidades e características da pessoa, ainda as características ao contrário. Seguem a maratona para descobrir o contemplado e as palmas. A descoberta do presente e os agradecimentos. Tudo com muito respeito e tranquilidade.
Sentada bem atrás, longe do local da troca dos presentes, minha atenção era desviada a todo momento. Perto da porta, ao lado da mãe – penso eu, pois não a conhecia –, uma garotinha de uns três anos mais ou menos. Muito inquieta, andava de um lado para outro, cantava, pulava, fazia a sua festa particular. Tinha a pele morena e os cabelos crespos, divididos em mechas e presos no alto da cabeça. Seus olhos negros, muito vivos, contrastavam com o vestido branco de bolinhas vermelhas que usava. Uma fita vermelha realçava sua cintura completando o visual infantil, tão lindo. – Impossível não me lembrar da historinha da “Bonequinha preta”, que ouvi de minha mãe, contei muitas vezes para meus alunos, para meus filhos e pela qual tenho tanto carinho até hoje. – Tão feliz fiquei com a cena, que sorri algumas vezes para ela e para sua mãe, mas acho que nem perceberam. Continuei dividida entre a festa e seu balé no fundo da sala.
Quando terminou, no entanto, a entrega dos presentes, a animadora da festa chamou-nos para perto da mesa, a fim de cantar parabéns para o aniversariante e partir o bolo. Foi então que a menininha afastou-se da mãe e, com toda sua inocência, postou-se perto do bolo e dele não desgrudou os olhos. Ficou ali, estática, esperando o momento mágico de vê-lo sendo cortado e repartido. A moça cortou então o bolo. Ela acompanhou com os olhos. Não era seu ainda. Olhei aqueles olhos fixos e fiquei imaginando o coraçãozinho, como devia estar aflito. Toda angústia deve ter cessado ao receber o “seu” pedaço de bolo. Um pedaço grande, na mão tão pequenina daquela menina. Ela foi rapidamente para onde estava a mãe, que a conduziu até a mesa. O pedaço de bolo foi ali colocado. Depois flagrei nossa personagem em um movimento contínuo em que passava o dedinho delicadamente para retirar o glacê da cobertura do bolo e levá-lo à boca.
A festa continuou com muita alegria. Não pude permanecer por muito mais tempo. Saí deixando o salão ainda cheio de convidados. Antes, porém, aproximei-me daquela “bonequinha” para saber seu nome. “Maria Cecília.” – disse um pouco enrolado. A mãe confirmou. Mas o que valeu e comoveu-me o coração, foi a ternura que recebi da menininha. Agachei-me e ela se aproximou de mim e deu-me um abraço tão doce e inocente! Não resisti e dei-lhe um beijinho no rosto. Imitando-me ela retribuiu, dando-me um beijo todo melado de glacê. Mas quem se importa, se o que prevalece é o calor que aquece o coração e a inocência presente naquele encontro?
Luisa Garbazza
19 de dezembro de 2014