sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Mãe das Graças



 Ao mirar sua imagem

 – querida Mãe das Graças –

contemplo com ternura sua suavidade:

a brancura das vestes 
que compõem seu corpo santo;

o azul suave do manto 
que pende de seus ombros;

a alvura do véu 
que lhe cobre a cabeça.

Admiro o olhar doce que encontra o meu

e faz-me sentir tão filha!

Aprecio as mãos,

pendidas ao longo do corpo,

abertas,

generosas na missão de aspergir graças.

Olho com mais vagar.

É justamente assim que a imagino:

uma mulher suave, bela,

sempre disponível,

sempre companheira.

É Mãe e medianeira

e, ao mesmo tempo,

Rainha do céu e da terra.

Precisamente por isso é nossa rainha:

pelo jeito suave e único de ser.


“Ó Maria concebida sem pecado,

Rogai por nós que recorremos a vós.”
Luisa Garbazza
27 de novembro de 2014
Dia de Nossa Senhora das Graças.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Graças a Deus!



No final do mês de novembro, a Diocese de Luz encerra o “Ano da Graça”, proposto por Dom Félix e abraçado por todas as paróquias. Vivemos um tempo de reflexão, fraternidade e, sobretudo, de tomada de consciência da ação misericordiosa de Deus em nossa vida. Tudo que temos nos vem de Deus, vivemos n’Ele, portanto, como ensina São Paulo, “Em tudo demos graças”.
Durante o Ano da Graça, rezamos, pedimos ao Criador que nos ajudasse a ser uma comunidade de discípulos a serviço da vida; que fortalecesse nossa fé e nossa confiança na graça divina; e que fôssemos capazes de ouvir os apelos do Espírito Santo. Pedimos, acompanhando a Campanha da Fraternidade, que tivéssemos a coragem de lutar contra toda forma de escravidão. Agora, ao término deste ano, precisamos, mais ainda, colocar em prática a lição de São Paulo e dar graças ao Pai por tantos benefícios a nós concedidos.
Também no final deste mês, providencialmente, celebramos o Dia de Ação de Graças – na quarta quinta-feira. Em 2014, será dia 27 de novembro. Fazendo uma retrospectiva desse tempo, percebemos que temos muito a agradecer, ou melhor, temos tudo a agradecer, pois sem a presença do Espírito Santo não seríamos nada, não haveria vida em nós.
Na posição de filhos de Deus, que realmente somos, é gratificante olhá-lo como Pai e a Ele dirigir agradecimentos constantes, sinceros, do fundo da alma.
Graças damos ao Senhor, Deus do universo, pelo dom da vida, bem mais precioso que, na gratuidade, nos concedeu. É o sopro do Espírito que nos impulsiona, nos ensina, nos guia.
Louvamos ao Criador por todas as coisas criadas. Graças pela longa estiagem, que nos faz refletir e nos permite constatar o quão dependentes somos da sua misericórdia. Louvamos, mais ainda, e alegramo-nos com a natureza que nos presenteia derramando a chuva que ameniza o calor, encharca a terra, dá alento às plantas e torna mais amena a vida dos filhos e filhas de Deus.
Agradecemos a Deus pela graça de podermos viver em comunidade, ajudar uns aos outros, crescer na fé. Por fazermos parte da Igreja Viva, edificada por seu filho primogênito. Uma Igreja que caminha à luz do Evangelho e objetiva levar uma mensagem de paz e a máxima do “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” a todos os povos.
Rendemos graças a Deus pela peregrinação de fé da Diocese de Luz: povo que reza, reúne-se, celebra, procura o melhor caminho para viver a fraternidade e a unidade. Tomara possa, depois de vivenciar esse “Ano da Graça”, sentir-se renovada e pronta para entender a vontade de Deus e, inspirada pelo Espírito Santo, vencer os obstáculos que ameaçam impedir sua plenitude.
Continuemos nossa caminhada, agradecendo e rezando: “Senhor Deus, fortalecei a esperança em nossos corações, para que nossas comunidades irradiem a vida em Cristo e sejam fermento de uma sociedade justa e solidária, cuidando principalmente dos mais necessitados.” Sigamos confiantes na interseção de Maria, pedindo a ela que “nos ajude a vivenciar o serviço, o diálogo, o anúncio e o testemunho de comunhão”. Assim teremos motivos suficientes para fazermos de cada dia momentos de constante ação de graças. Amém.
Luisa Garbazza

Publicado no "Informativo Igreja Viva" - Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Novembro de 2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Noite especial



Vivi, nesta sexta-feira, uma experiência imensurável.
Recebi um convite, da professora Regina Garbazza, para ir à Escola Chiquinha Soares avaliar a apresentação de trabalhos dos alunos do Ensino Médio. Aceitei com tranquilidade.
Ao chegar, acompanhei a movimentação dos alunos dando os últimos toques na montagem dos cenários.
O início da apresentação foi um choque de emoções para mim. Na verdade eu estava recebendo uma homenagem como escritora. Os alunos escolheram textos do livro “Histórias de vida e para a vida” para encenarem.
Nem sei explicar o sentimento que tomou conta de mim naquele momento. Um misto de surpresa, alegria e incredulidade. Em uma linguagem jovem: “Como assim?”.
O que aconteceu ali foi mágico. Acompanhei com ternura os alunos “brincando” com os meus textos: construindo-os e desconstruindo-os; escolhendo algumas partes e acrescentando outras; criando histórias de onde havia apenas palavras; provocando risos e lágrimas.
Vivi com eles aqueles momentos, sorri, chorei, encantei-me. Recebi abraços, palavras bonitas, flores. E, já no final, outra surpresa: descobri o Flávio, meu esposo, sentado bem atrás, fotografando tudo.
Agora estou aqui: só emoção. Guardarei esse dia para sempre em meu coração. Cada cenário, cada personagem, falas, sorrisos, abraços.
Obrigada, meu Deus, por ter me permitido viver essa noite e receber esse carinho na alma.
Obrigada a todos da Escola Chiquinha Soares.
Obrigada, Leila, pelas palavras mágicas e pelo abraço sincero.
E obrigada, Regina, pela sensibilidade, pelo entusiasmo e dedicação e por me fazer sentir tão “importante”.
Luisa Garbazza
21 de novembro de 2014


 Mãe, para sempre                                                                                     Viver






                                            

A magia de um instante










terça-feira, 18 de novembro de 2014

Véu do tempo


De onde vens, amigo?
Por que andas tão longe?
Por que razão buscaste as alturas?
Queres esquecer o passado?
Deixar alguma dor, por demais doída,
em um vácuo espacial?
Ou anseias pelo que há de vir?
Ver o novo surgir por trás do véu do tempo?
Estou aqui, amigo!
Em solo firme, mas querendo voar.
Às vezes, nem sei de onde venho.
Tenho tanto do passado em mim!
E quanta coisa ficou perdida
nas voltas traiçoeiras da vida!
Tanto futuro ainda por viver!
O véu do tempo parece tão espesso!
Não me é permitido ultrapassá-lo.
Então, permaneço aqui, amigo,
a mercê do tempo.
Olho os sonhos aí nas alturas...
E a alma, tão irrequieta,
nada faz senão esperar,
aceitar o que há de vir,
travar uma luta constante
entre o que é, o que foi, o que será,
ou o que poderia ter sido.
E, ainda assim,
conciliar o ontem, o hoje e o amanhã,
acomodar os sentimentos
e deixar feliz o coração.
Luisa Garbazza
Tarde do dia 18 de novembro de 2014.
Motivada pelo avião que cruzava o céu no momento do lusco-fusco.