segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Ano da Fé / Ano da Graça
Mensagem para a Missa de encerramento do Ano da Fé
Neste
dia em que professamos nossa fé, proclamando Cristo como Rei e celebramos
também o encerramento do “Ano da Fé”, é prudente que não deixemos por isso
mesmo, como um assunto encerrado. Precisamos aprender a fazer de cada dia, de
maneira individual e profunda, o “Dia da Fé”.
Aprender a renovar, cada vez mais,
nossa crença na existência de “Deus, Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da
terra". Um Deus que se faz presente em cada detalhe, ínfimo que seja, de
tudo que existe: na mãe natureza, no coração das pessoas, nos olhos inocentes
das crianças, na brisa leve, suave, na Igreja, na generosidade do ministério sacerdotal,
no trabalho de tantos cristãos leigos.
Do mesmo modo, onde estiverem jovens
lutando por um mundo mais justo, saindo em missão para levar alento e pão aos
mais necessitados – seguindo o exemplo de São Francisco de Assis e tantos
outros –, vivendo os valores pregados pelo evangelho, acreditando que vale a
pena viver na fraternidade e na santidade, ali está Deus.
Por
tudo que vemos e por tantas outras evidências, resta-nos acreditar na presença
de um Pai-Criador que deu vida a todas as criaturas. Um Pai que nos deu seu
filho, Jesus Cristo, como modelo de vida e obediência. Um Ser Supremo digno de
glória e louvor.
Como
disse o Papa Francisco, “Quando a luminosidade da fé se apaga, todas as outras
luzes acabam por perder o seu vigor. Então, peçamos a Deus que nos abençoe e
nos proporcione, sempre mais, a graça da fé, principalmente naqueles momentos
de angústia e de dor, para que nossa luminosidade permaneça, frutifique e nos
leve a lutar por uma cultura de paz, de amor, de vida plena com a graça de
Jesus Cristo e a força do Espírito Santo. Amém.
Luisa Garbazza
24 de novembro de 2013
Mensagem lida no final da Missa das 19 horas na Igreja Matriz de
Nossa Senhora do Bom Despacho
Mensagem para a Missa de abertura do “Ano da Graça” na Diocese de Luz
Durante essa Liturgia, ouvimos a voz do profeta Isaías
convidando-nos a deixarmo-nos guiar pela luz do Senhor que se aproxima. Ouvimos,
também, a voz de Jesus dizendo para ficarmos atentos, pois não sabemos em que
dia o Senhor virá. E hoje somos convidados, de forma especial, a vivermos
durante um ano, um tempo forte de encontro e partilha. Tempo para celebrar e
confraternizar. Tempo de parada para reflexão, para repensarmos nossa caminhada
de fé na família, na comunidade, na Igreja e na sociedade.
O Ano da Graça deve ser vivenciado por todos nós, pois
somos todos responsáveis pelo crescimento da ação pastoral da Igreja. Para
isso, aprendamos com São Paulo, em sua primeira carta aos Tessalonicenses, em
que nos ensina que nossas comunidades devem ser alicerçadas na fé e estar
sempre preparadas para os desafios, sendo vigilantes, tendo apreço pelas
lideranças locais, sendo sempre alegres, rezando e dando ação de graças a Deus
em tudo. A ação de graças nos desperta para acolher o mistério da presença de
Deus em nossa vida. Ela nos alimenta e fortalece a nossa esperança.
Estejamos em sintonia
com a Igreja e perseverantes nesta caminhada que ora se inicia, refletindo
sobre as palavras de Dom Hélder Câmara, arcebispo brasileiro reconhecido no
mundo inteiro por sua atividade política, social e religiosa: “É graça divina
começar bem. Graça maior, persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças
é não desistir nunca.”
Aceitemos esse convite.
Aceitemos esse convite.
Assim poderemos formar, juntos, a Igreja Viva, que
caminha para o Reino do Senhor.
Luisa Garbazza
2 de dezembro de 2013
Mensagem lida no final da Missa das 19 horas na Igreja Matriz de
Nossa Senhora do Bom Despacho
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Estrela de Natal
Estamos em tempos de Natal.
Ruas cheias, algumas enfeitadas, casas e praças iluminadas, músicas temáticas,
tudo para chamar à atenção. Infelizmente, o clima natalino gira, quase que
exclusivamente, em torno do comércio. As vitrines ornamentadas, cada uma com
seu estilo próprio, todas querem atrair o consumidor.
Outro dia, ao andar pelas ruas
observando curiosa o ir e vir de tantas pessoas e o carregar de tantos pacotes,
presenciei uma mulher saindo de uma loja em companhia de uma senhora e de duas
crianças que não estavam demonstrado muita satisfação. Quando passaram perto de
mim, ouvi-a dizer uma frase, antiga, mas que estava esquecida em algum canto da
memória: “Se eu não puder ser a Estrela de Belém, vaquinha de presépio também
não quero ser.” Essas palavras, ditas em um tom relativamente alto e muito
arrogante, deixaram-me perplexa e pensativa, principalmente pela fisionomia
triste daquelas crianças. Não sei o contexto em que elas foram ditas, mas, com
certeza, não combinavam com a alegria da época. Comecei a devanear sobre vários
assuntos relativos ao espírito natalino. Impossível não lembrar minha infância.
Era tudo tão simples e valorizado! Jesus era o centro das atenções. Hoje o
consumismo ofusca as pessoas, – Inclusive as crianças! – Jesus fica em segundo
plano – ou nenhum – e o “Papai Noel” ganhou maior espaço em todas as culturas.
Naqueles dias, minha mãe nos
dizia que o presente era o menino Jesus quem nos dava na noite de Natal.
Ensinava-nos a amá-Lo e a respeitá-Lo como Deus que é. Assim o fazíamos. Com toda a sabedoria que
recebeu do Criador, ela reunia a família toda para montar a árvore de Natal,
com enfeites que ela mesma fazia, para rezar e aguardar a “noite mágica” da
chegada do Menino. Na noite do dia vinte e quatro, íamos todos dormir ansiosos
para que amanhecesse logo. Assim poderíamos ver o que ganhamos. Mesmo que o
presente, por causa das poucas posses, fosse algo extremamente simples, era
grande a alegria com que o recebíamos. A prioridade do dia vinte e cinco era a
ida à Igreja: participar da Santa Missa, visitar Jesus no presépio, rezar,
agradecer pelo presente e por tudo que recebemos durante o ano todo.
Lembrei-me também de uma
história que sempre aparecia nos livros de escola primária da época. Conta-se
que, naquela noite esplendorosa em que nasceu o criador, ali, naquela humilde manjedoura,
sem conforto algum, todos os elementos da natureza queriam ofertar algo para adornar
o lugar ou para aquecer o menino. Próximo ao presépio, havia três árvores: uma
tamareira, uma oliveira e um pinheirinho. A tamareira, toda cheia de si,
presenteou o menino com suas doces tâmaras. A oliveira ofertou a Jesus suas
azeitonas. O pinheirinho, porém, não tinha nada a ofertar. Na sua simplicidade,
ficou muito infeliz. As estrelas do céu, vendo a tristeza do pinheirinho,
desceram à Terra e pousaram em seus galhos adornando o pinheirinho. Assim ele
se ofereceu a Jesus, iluminando e enfeitando o primeiro presépio.
Então volto àquela frase e fico
pensando o quanto é triste alguém querer ser a “Estrela de Belém” e não possuir
humildade suficiente para ajudar os “pinheirinhos” que se encontram ao redor,
pobres, infelizes, sentindo-se rebaixados por não terem nada a ofertar. É lição
de Jesus e obrigação nossa ajudar a quem precisa. Quanto mais forte for a nossa
luz, mais temos o comprometimento de iluminar aqueles que necessitam de
claridade.
Aproximando-nos do Natal,
tomara que a luz mais forte seja a do amor incondicional a Deus e,
consequentemente, aos irmãos. Possamos olhar para o outro com mais
solidariedade tentando ajudar pelo menos uma pessoa, alguém que, como aquele
pinheirinho da história, esteja triste por não ter nem ganhar nada nesta data. Tomara
que Jesus possa renascer com toda força no coração de cada um de nós, de
maneira especial, daqueles que O deixaram esquecidos e, com o coração
endurecido pelos entraves da vida, já não têm esperanças de sentir uma alegria
verdadeira, gratuita, que só em Deus podemos encontrar. E que o amor de Jesus e
o brilho daquela estrela sejam refletidos no olhar de cada pessoa quando disser
a alguém: Feliz Natal!
Luisa Garbazza
Novembro de 2013
Publicação do jornal "Paróquia"
Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho, dezembro de 2013
Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho, dezembro de 2013
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